Minas Gerais é o segundo estado com maior número de mulheres donas de negócios
Levantamento do Sebrae aponta que Minas Gerais tem 771,4 mil empreendedoras, e fica atrás apenas de São Paulo.
Gabriella Starneck / 08 março 2021Levantamento do Sebrae aponta que Minas Gerais tem 771,4 mil empreendedoras, e fica atrás apenas de São Paulo.
Gabriella Starneck / 08 março 2021Empreender não é uma tarefa simples, principalmente quando se é mulher. Isso porque além de lidar com as dificuldades de ser empreendedora, também é preciso lidar com as desigualdades e machismo no mercado de trabalho. Mas, apesar dos desafios, Minas Gerais tem o segundo maior número de mulheres donas de negócios.
Com 771,4 mil empreendedoras, Minas Gerais só perde para São Paulo, com 1,9 milhões de mulheres no comando dos negócios. Os dados são de um levantamento do Sebrae, feito com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao terceiro trimestre de 2020.
Darlene Braga é uma dessas 771,4 mil empreendedoras de Minas Gerais. Depois de trabalhar durante 20 anos como profissional da beleza, ela resolveu empreender, e abriu, há seis anos, uma rede de franquias de salões. Hoje já são três unidades em Pouso Alegre e uma em Poços de Caldas.
“Me tornar empreendedora, principalmente nesse cenário que a gente vive hoje, tem sido um grande aprendizado, porque a gente tem que se desdobrar em meio à essa nova fase que a gente está vivendo. Mas eu tenho obtido sucesso graças à minha administração, e, é lógico, a um grupo de profissionais que trabalham engajados comigo num propósito de fazer a Maria Bonita uma grande rede”, conta Darlene Braga.
Do total de donos de negócios no estado, 29% são mulheres. “O número é muito representativo, e ele vem crescendo a cada ano. As mulheres têm se organizado em grupos, e têm trabalhado em prol do empreendedorismo feminino, do empoderamento da mulher”, destaca Anderson Faria, analista do Sebrae.
No entanto, o superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha, afirma que com a pandemia houve queda de 3% no percentual da participação de mulheres mineiras donas de negócios, se comparado ao último trimestre de 2019. “Mesmo assim, diante de tantas dificuldades e incertezas, a maioria delas se mostrou valente e persistente em manter seus negócios abertos, gerando emprego, renda, e, sobretudo, sendo independentes e protagonistas de suas histórias”, ressalta o superintendente.
Darlene Braga também falou sobre os desafios de estar no comando de um negócio em meio à pandemia da Covid-19. Segundo ela, tem sido um desafio gerenciar as franquias por causa do impacto financeiro, emocional e também porque foi necessário atrasar a prospecção de crescimento do negócio.
“Então a gente está se ajustando, administrando, cortando gasto para poder manter o fluxo de funcionários, sem ter demissões. Já faz um ano que eu consigo coordenar isso sem ter demissões aqui, e contratando mais pessoas. Então eu me vejo, em meio ao cenário, vitoriosa de estar conseguindo conduzir tudo isso.”
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