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Sindicatos questionam retorno das aulas presenciais em Pouso Alegre

Professores temem que o aumento de circulação de pessoas possa contribuir para acelerar a transmissão da Covid-19 no município. Secretária de educação Leila Fonseca responde. Veja vídeos abaixo.

O retorno das aulas em Pouso Alegre, previsto para fevereiro, tem dividido opiniões. Os dois sindicatos que representam os profissionais da educação em Pouso Alegre – Sindicato dos Profissionais da Educação da Rede Municipal de Pouso Alegre e Região (Sipromag) e Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) -, questionam as atividades presenciais neste momento.

“Nós somos contrários a esse retorno presencial porque a educação já está ocorrendo de forma remota, e os profissionais da educação estão fazendo todas as atividades e assumindo todos os compromissos, e a imensa maioria dos alunos também. Então nesse momento de pandemia, de crise sanitária, não é o momento para o retorno presencial às aulas”, afirma o coordenador do Sind-UTE, Luiz Carlos da Silva.

Já a presidente do Sipromag, Dulcineia Costa, explica que o sindicato não é contrário ao retorno das aulas presenciais, mas desde que as atividades sejam retomadas após os profissionais da educação serem vacinados. “Nós não queremos que iniciem as aulas e de repente a família dos nossos alunos e os nossos professores sejam surpreendidos porque foram contaminados, e de repente venham a perder a vida”, afirma Dulcineia.

Volta às aulas

O retorno das aulas presenciais exige adaptações das escolas para contenção da pandemia da Covid-19 e para a segurança dos alunos e professores. No entanto, Dulcineia afirma que muitas instituições de ensino não têm essa estrutura, com salas muita pequenas e sem ventilação.

Outra questão que o coordenador do Sind-UTE levanta é a dificuldade de os estudantes seguirem as medidas de segurança contra o novo coronavírus. “Nós entendemos também que os alunos, pela própria idade e inquietude, não se sujeitarão a normas rígidas de higiene e segurança, trazendo um grande risco de contaminação”, diz Luiz.

Posição da Secretaria de Educação

A secretária de Educação de Pouso Alegre, Leila Fonseca, afirma que foi criado um protocolo de segurança seguindo as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse material traz medidas a serem adotadas em cada setor das escolas, e será divulgado na imprensa e encaminhado para as famílias e professores.

“A gente tem uma preocupação muito grande, o momento exige muita atenção, cuidado e responsabilidade. Então a gente vai fazer de forma bem lenta, pra que a gente possa sentir dia a dia”, afirma a secretária de Educação.

A previsão é que no dia 8 de fevereiro as aulas comecem de forma remota, assim como funcionou em 2020. Posteriormente, a Secretaria vai acompanhar os boletins epidemiológicos da Covid-19 para o retorno das aulas semipresenciais, previsto para o dia 22 de fevereiro.

“A gente entende que a escola seguindo todas as normas da Vigilância Sanitária, todas as normas do protocolo, será uma lugar seguro para receber nossos alunos e profissionais”, afirma Leila. Confira abaixo a entrevista completa com a secretária de Educação.

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