Polícia

Material genético de presos vai auxiliar investigações em Pouso Alegre

José Eymard / 06 janeiro 2021

De acordo com a Polícia Civil, material será usado para prevenir crimes e desmistificar investigações que estão em aberto.

A formação na delegacia de Polícia Civil de Pouso Alegre reuniu alguns agentes penitenciários e peritos criminais. O encontro serviu para explicação da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, criada com o objetivo de manter, compartilhar e comparar perfis genéticos para ajudar na apuração criminal e no processo de investigação.

“Esse projeto foi criado através do Decreto Lei 9817, de 2019, que formalizou e criou o banco de dados. Isso significa que nós teremos, agora, material genético de pessoas condenadas. Isso irá auxiliar a Segurança Pública no sentido de prevenir crimes e desmistificar algumas investigações que estão em aberto. Ou seja, irá facilitar as investigações criminais, uma vez que nós teremos materiais genéticos de pessoas condenadas”, destaca o delegado da Polícia Civil Renato Gavião.

A obrigatoriedade da identificação do perfil genético de condenados por crime praticado dolosamente, com violência de natureza grave contra pessoa, está prevista desde 2012.

“Foi realizado um estudo que numa média de quatro condenados, um volta a ter uma condenação num prazo de cinco anos. Então isso auxiliará, por exemplo, em um crime sexual. Você tem o material genético na vítima, esse material é recolhido e comparado com o material do suspeito, que nós já teremos esse material, e será feita somente a comparação”, explica o delegado.

 

Cada unidade da federação é responsável por coletar amostras de DNA dos condenados nas penitenciárias. Em seguida, as amostras são processadas em um dos laboratórios que compõe a Rede Integrada.

Na próxima semana, 120 detentos do presídio de Pouso Alegre terão o material genético recolhido. Os dados genéticos ficarão disponíveis em um Banco de dados de nível nacional.

“A gente vai utilizar uma esponja na cavidade bucal deles. É um método indolor, e é muito parecido com o que a gente utilizava antes, o Swab, como se fosse um cotonete. É um método indolor, é bem tranquilo. A gente trabalha de acordo com as metas da Senasp. A primeira meta foi de 120 para o presídio de Pouso Alegre. A gente já sabe que na próxima a gente vai incluir o presídio de Ouro Fino, que já tem uma quantidade, que se não me engano são 30. Então a gente vai depender do que a Senasp vai demandar” afirma a Perita Criminal Carina De Oliveira Dumont Horta.

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