Polícia

Câmeras do sistema Olho Vivo voltam a funcionar em Pouso Alegre

Magson Gomes / 09 agosto 2019

Dos 16 equipamentos, nove já funcionam adequadamente após manutenção feita por empresa contratada pela prefeitura. Equipamentos que auxiliam na prevenção de crimes e na ação rápida da PM estavam sem manutenção e com falhas no funcionamento há cerca de oito meses.

Criminosos do ataque à Caixa atiraram nesta câmera, mas o equipamento já não funcionava. Foto: Terra do Mandu

Algumas ruas e avenidas de Pouso Alegre voltaram a ser monitoradas à distância pela Polícia Militar nesta semana. As câmeras do programa Olho Vivo instaladas, estrategicamente, na cidade voltaram a funcionar adequadamente. Pelo menos, a maior parte delas, segundo informou a prefeitura e a Polícia Militar, que mantêm o sistema em conjunto.

Ao todo, são 16 câmeras espalhadas pela cidade. Segundo a PM, nove delas estão em perfeito funcionamento, outras três deverão voltar a mandar imagens para a central ainda esta semana. Já os outros quatro equipamentos serão consertados ou trocados nos próximos dias.

A manutenção dos equipamentos é de responsabilidade da prefeitura de Pouso Alegre, que realizou uma licitação e contratou uma empresa especializada para fazer o serviço de conserto e troca de câmeras e cabos que fossem necessários.

Em maio, a reportagem do Terra do Mandu mostrou que as 16 câmeras de monitoramento do programa Olho Vivo não estavam funcionando. A PM confirmou à nossa reportagem que alguns dos equipamentos até enviaram imagens para a central na sede do 20º Batalhão, porém de forma intermitente. Os defeitos e a ineficiência do sistema ocorriam desde de janeiro. A polícia explicou que os equipamentos necessitavam de manutenção para voltar a funcionar.

As câmeras foram instaladas na cidade em 2014 pelo governo do estado em parceria com o município. Pelo convênio, o estado instalou as câmeras com todo o cabeamento em fibra ótica e montou a sala de monitoramento. A partir disso, o município ficou responsável por fornecer o pessoal para operar a central de monitoramento e dar a manutenção necessárias nos equipamentos.

A importância do Olho Vivo para o policiamento na cidade

Segundo a Polícia Militar, as câmeras têm um funcionamento voltado para as atividades preventivas. Com o monitoramento contínuo, é possível identificar situações de risco e solucioná-las antes que possam evoluir para algum tipo de crime.

Em maio, durante o ataque de criminosos à agência da Caixa Econômica no Centro de Pouso Alegre, as câmeras do Olho Vivo não flagraram a ação do bando. Os bandidos até atiraram em algumas câmeras do sistema, mas elas já não funcionavam.

Na reportagem sobre o não funcionamento do programa, o capitão PM Maximiliano Soares lembrou que se os equipamentos tivessem funcionando, teriam auxiliado na identificação do deslocamento do comboio, a passagem dos veículos utilizados pela quadrilha. “Então seria possível identificar esse deslocamento, antecipa-lo. Isso auxiliaria também no rastreamento e operação de cerco e bloqueio após o ataque, porque nós teríamos, de imediato, a rota de fuga traçada pelos autores, coisa não tivemos naquele momento em razão da indisponibilidade de imagens ou de informações imediatas para construir um cerco e bloqueio eficiente”, disse o PM.

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