Coworking: Empreendedores de Pouso Alegre aderem aos escritórios compartilhados

Magson Gomes / 30 maio 2019

Nos escritórios de coworking o autônomo ou microempreendedor pode usar por hora ou ser mensalista. Segundo pesquisa, os profissionais produzem mais neste tipo de ambiente porque facilita a troca de ideias. os custos para o serviço são até 70% mais barato que manter uma estrutura própria.

Os escritórios de coworking têm os espaços comuns e as salas individuais. Foto: Terra do Mandu

Com estrutura pronta, preços atrativos e ainda a possibilidade de trocar experiências, muita gente encontrou os serviços de coworking a oportunidade que faltava para dar uma guinada nos negócios. Esse tipo de serviço oferece um escritório compartilhado tem crescido no Brasil nos últimos anos e chegou a Pouso Alegre, Sul de Minas, recentemente, e vem mudando a forma que pequenas empresas, profissionais freelancers e autônomos se relacionam entre si, com seus fornecedores e clientes.

Mateus Lima trabalha numa indústria na cidade e tem uma atividade paralela como microempreendedor individual. O negócio dele é uma rádio na internet com programas gravados e ao vivo, com entrevistas. Quando decidiu criar o próprio negócio, Mateus sabia que precisava de um espaço para trabalhar e em casa não seria uma boa ideia. Alugar um imóvel para montar a estrutura também estava fora do orçamento. “Em geral, o custo de aluguel de imóveis é um pouco absurdo, ainda mais os comerciais. E ainda, eu não utilizo o tempo integral”.

Mateus montou sua rádio web numa das salas do coworking. Foto: Terra do Mandu

A saída encontrada pelo Mateus foi aderir ao coworking. “Vi essa possibilidade que eu poderia ter o meu escritório, a minha empresa de maneira compartilhada, tendo toda estrutura, onde posso receber meus clientes e fechar contratos e o espaço onde posso exibir meus programas, receber convidados e ainda tem a bancada de trabalho onde posso conversar com outros profissionais, trocar ideias. É bem legal”, diz Mateus.

O espaço dentro do conceito de coworking em Pouso Alegre foi implantado pelo especialista em Inteligência de Mercado, Leandro Lopes, e pela Coach, Solange Gravi. No escritório compartilhado as pessoas pagam pelo que usar e o tempo que usar.

Leandro explica que essa é a principal ferramenta de economia colaborativa para o pequeno empresário ou autônomo conseguir de manter nesse período de tanta crise que o país vem passando. Os custos, por serem compartilhados, ficam em torno de 70% abaixo do que um escritório convencional. “Dá tempo para o empresário focar 100% aos seus clientes. Ele não tem que se preocupar com infraestrutura e contas fixas de internet, energia, água, segurança…”, conta Leandro.

No escritório tem a estação de trabalho compartilhado, as pessoas passam a atividade do dia a dia, tem ainda as salas de atendimento exclusivo, sala de reunião para até 10 pessoas e auditório para 30 pessoas para treinamentos, palestras. Tem ainda espaço de comedoria, biblioteca, e sala de descompressão com TV, jogos, videogame e redes para relaxar no momento em que está menos criativo.

Quem trabalha em coworking produz mais

De acordo com pesquisa do Censo Cowoorking Brasil, até o ano passado, esse tipo de serviço já estava presente em todos os 26 estados brasileiros e ao Distrito Federal, somando 1.194 unidades e atendendo a cerca de 214 mil pessoas. E contar com uma infraestrutura corporativa e ao mesmo tempo descontraída reflete na produtividade do trabalho, com 76,8% dos entrevistados afirmando que o rendimento melhorou ou melhorou muito.

Os benefícios se estendem, ainda, para a vida fora do expediente: para 67% houve reflexo positivo no convívio social e a relação com a família está melhor para 37% deles. Enquanto 63,4% tiveram ganhos na organização, 61,1% relataram melhora na qualidade da saúde e disposição diária.

Leandro ainda lembra que o networking é outro importante ganho para quem trabalha em um escritório de coworking. “Uma vez que ele compartilha o ativo, o imóvel, ele também vai compartilhar as ideias. Então, ele vai ter profissionais de várias áreas trabalhando no mesmo local onde que um pode complementar ou se tornar parceiro de negócios para o outro”.

Mateus da rádio web garante que hoje não tem pretensão de procurar um espaço próprio e aprova 100% a economia e o relacionamento que encontra no escritório compartilhado. “Porque hoje eu tenho tudo que preciso aqui, na verdade tenho até um pouco mais, com uma redução de custos muito significativa, comparado se eu fosse alugar um espaço comercial na cidade”.

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