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Pouso Alegre cria 953 novos postos de trabalho no primeiro quadrimestre e tem melhor resultado da região, diz Caged

Magson Gomes / 28 maio 2019

Apesar dos números positivos, tem gente que reclama que não consegue emprego na cidade. Extrema também se destaca e fica com saldo de 537 novos empregos entre janeiro e abril.

Fila durante feira de emprego realizada em fevereiro no Senac de Pouso Alegre Foto: Terra do Mandu

As indústrias farmacêuticas e de logísticas têm procurado Pouso Alegre para se instalar. Os especialistas já consideram o município como um polo nessas áreas. O resultado é a geração de empregos na cidade que tem alçando resultados positivos. De acordo com os dados divulgados esta semana pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, nos primeiros quatro meses de 2019 o saldo entre demissões e admissões é de 953 vagas criadas.

Entre janeiro e abril o setor de serviços, que inclui logística, foi o que mais gerou novas vagas, com 826 no total; indústria vem na sequência com 408 postos. Já os setores do comércio e da construção civil tiveram resultados negativos no período.

A expectativa é que nos próximos meses os bons números se mantenham com a vinda de novas empresas que devem entrar em operação até o segundo semestre deste ano vão gerar, juntas, cerca de 500 empregos diretos e indiretos.

Para o secretário de desenvolvimento econômico, Dino Francescato, os dados apresentados pelo CAGED não ocorrem por acaso. “A posição geográfica e a logística são pontos favoráveis, mas o que realmente tem alavancado a vinda de novos investimentos para a cidade é a mudança de perspectiva com relação ao tratamento dispensado a quem quer investir aqui. Hoje temos procurado atender a todos os grupos empresariais que chegam, mostrando que o município tem mão de obra qualificada e uma excelente estrutura urbana com oferta de universidades, unidades de saúde especializadas e toda a rede de serviços encontrada em grandes centros urbanos”, completa.

Quem chega

Na última semana, duas novas empresas anunciaram a vinda para Pouso Alegre. A Supera RX é uma distribuidora de produtos farmacêuticos e está transferindo para a cidade seu centro de distribuição que ficava em Goiás.  A empresa irá funcionar em um galpão no distrito industrial. De acordo com o diretor da empresa, Alexandre Correa, estão sendo investidos R$ 3 milhões para a instalação na cidade e a previsão é gerar cerca de 30 empregos nas áreas de logística, segurança, informática, limpeza e manutenção.

“A escolha por Pouso Alegre foi resultado de profunda análise do grupo, tendo influenciado na decisão fatores como infraestrutura, localização estratégica para distribuição dos medicamentos, qualidade na mão obra, rede de serviços adequadas para o negócio e oferta de boa qualidade de vida para os futuros colaboradores da Supera”, afirma o diretor da empresa.

Emprega começa a operar no segundo semestre. Foto: reprodução

A multinacional Amcor está de volta a Pouso Alegre com sua linha de embalagens para alimentos. A fábrica está em processo de instalação e o início das operações na linha de produção estão previstas para julho deste ano e vai atender às linhas de maionese, ketchup e sopas da Unilever, que também retornam ao Sul de Minas. A informação foi confirmada por um dos gerentes da Amcor ao Terra do Mandu, Luciano Loures. Ainda de acordo com o gerente, a previsão é que sejam gerados entre 70 e 100 empregos diretos e indiretos. A empresa não informou o valor que está sendo investido na cidade.

No fim do ano passado, a Unilever anunciou a transferência de toda a linha de produtos Hellmann´s e Arisco de Goiás para Pouso Alegre. O investimento para ampliação da fábrica na cidade é de R$ 127 milhões. As operações também começam em 2019, com geração de 200 empregos diretos e 150 indiretos.

Diretores da Unilever com o prefeito e o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pouso Alegre durante anúncio em 2018. (Foto: Terra do Mandu)

Sem emprego

Apesar dos números, ainda tem muita gente distribuindo currículos em empresas de recrutamento e porta de fábrica e não tem conseguido voltar ao mercado de trabalho.

É o caso de Elton Luiz de Oliveira, de 36 anos. Ele está desemprego há cinco meses. O último trabalho foi como vendedor. Mas para ampliar as opções, Elton fez um curso de vigilante e tem procurado emprego nas duas áreas.

“O que aparecer primeiro eu pego. Mas está difícil. Eu entrego currículo toda semana. Mas não está tendo emprego. Quando a gente encontra algo, o salário é baixo e sem benefícios”, reclama.

Números regionais

Apesar de não estar entre os maiores municípios em termos populacionais, Extrema vem de destacando na última década e já tem o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do Sul de Minas. A cidade não para de atrair novas indústrias. Com isso, se mantém como forte gerador de empregos e fechou o primeiro quadrimestre com 537 vagas criadas.

Poços de Caldas criou 95 novas vagas e Varginha 208 no mesmo período. Itajubá, Lavras e Passos fecharam com saldo negativo de 54, 91 e 326 vagas respectivamente.

 

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