Foram cumpridos 26 mandados de prisão, 15 deles contra pessoas que já estavam presas e articulam o tráfico de drogas de dentro dos presídios. Três promotores de justiça e mais de 90 policiais militares participaram da operação. Quadrilha movimentava cerca de R$ 300 mil por mês.
Nesta terça-feira (28), o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Pouso Alegre, deflagrou a operação Hungria para combate aos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico na região. Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 26 mandados de prisões preventivas nos municípios de Pouso Alegre, Contagem, Ouro Fino, Itajubá, Maria da Fé, Santa Rita do Sapucaí e em Campinas (SP).
Dos mandados de prisão, 24 foram cumpridos, sendo nove de pessoas que estavam soltas e 15 contra investigados que já estavam em presídios.
De acordo com o promotor de justiça Fabiano Laurito, coordenador do GAECO em Pouso Alegre, as investigações estavam sendo feitas há oito meses. Neste período foi apurado que integrantes de uma organização criminosa paulista que estavam presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, passavam as determinações e articulavam o tráfico de drogas na região Sul de Minas Gerais e, ainda, contavam com fornecedores de drogas estabelecidos no estado de São Paulo.
“Havia um fornecedor em Campinas que, por sua vez, tinha contado com um dos indivíduos que está preso na Penitenciária Nelson Hungria. Esse indivíduo preso articulava as pessoas que adquiriam e repassavam, em nome dele, essas drogas aqui no Sul de Minas”, explica o promotor. Segundo a investigação, a comunicação entre presos e traficantes externos era feita através de celulares e visitas de familiares aos presídios.
Ainda segundo a investigação, a quadrilha movimentava entre R$ 200 mil a R$ 300 mil por mês com o tráfico de drogas.
Na operação de hoje participaram três promotores de Justiça e mais de 90 policiais militares.