Polícia

Autoridades de segurança debatem em Pouso Alegre criação de força tarefa para enfrentar quadrilhas de ataques a bancos

Magson Gomes / 10 abril 2019

Encontro foi organizado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e tem como objetivo criar grupos para monitor, prevenir e trocar informações sobre possíveis ataques a bancos em cidades do Sul de Minas.

Encontro foi no auditório do 20º Batalhão da PM em Pouso Alegre. Foto: reprodução Julian Andrew

As madrugadas nas pequenas cidades do Sul de Minas não têm sido mais tão tranquilas. São nesses horários que as quadrilhas de ataque a bancos costumam agir. Os criminosos estão sempre bem armados e atiram para amedrontar polícia e moradores. Após os ataques, ficam as cenas de guerra.

Segundo levantamento feito junto à Secretaria de Estado de Segurança Pública, na região já foram seis ataques em 2019. No ano passado foram 36 ações, três explosões de bancos para cada mês do ano no Sul de Minas.

O mais recente ataque foi nesta terça-feira (09), em Turvolândia, de cinco mil habitantes. Os criminosos do novo cangaço chegaram atirando. As marcas ficaram nas paredes até da igreja. Eles explodiram os caixas do banco Bradesco, que funciona no mesmo prédio da prefeitura. Tentaram ainda roubar o bando Itaú, mas o sistema de segurança funcionou e o bando fugiu. Ninguém foi preso, até o momento.

A RESPOSTA DAS AUTORIDADES

Agência destruída depois de ataque este ano na região. Foto: redes sociais

Os ataques a bancos têm tirado o sono das autoridades mineiras. Por isso mesmo, a secretaria de estado de segurança pública tem se reunido com representantes de 13 instituições para retomar uma força tarefa de enfrentamento desse tipo de crime.

Nesta quarta-feira (10), o encontro foi realizado em pouso alegre, no sul de estado, e contou com a presença de representantes das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal, dos bancos e autoridades locais.

Encontros como esse estão acontecendo nas 19 regiões de segurança do estado. O subsecretário de Integração da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Coronel Etevaldo Luiz Caçadini, explica que o objetivo é formar grupos em cada uma das cidades para monitorar e evitar novas explosões de caixas eletrônicos. Os grupos de trabalho também vão trocar informações sobre o crime para identificar as quadrilhas de possíveis ataques.

Coronel Oterson Nocelli comanda a 17ª Região da Polícia Militar, que abrange 72 cidades, muitas delas nas divisas com São Paulo e Rio de Janeiro. Ele diz que a PM já tem buscado monitorar as áreas de possíveis focos dessas quadrilhas.

Para o representante dos bancos que participou do encontro, Marco Antônio Campos, o compartilhamento de informações ajuda a identificar situações de risco. Campos também lembra que o prejuízo maior depois de um ataque é para a população que fica dias sem as agências fechadas após as explosões de caixas eletrônicos.

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