Região

Homem é preso depois mandar áudio em grupo com aviso de blitz e ameaça

Magson Gomes / 21 fevereiro 2019

Açougueiro xingou policial e fez ameaças de morte a secretário de Trânsito. Um segundo homem que compartilhou a mensagem também foi preso.

Blitz fiscalizava transporte escolar – Foto: Ascom PMSRS

Um homem de 43 anos foi preso pela Polícia Civil em Santa Rita do Sapucaí, na tarde desta quinta-feira (21) depois de gravar e mandar áudio em grupo de WhatsApp avisando de blitz. A mensagem também continha xingamentos a um policial militar rodoviário e a um vereador da cidade que ocupa cargo de secretário de Trânsito na prefeitura. No áudio, o homem que é comerciante, também faz ameaça de morte contra o secretário.

De acordo com o boletim de ocorrência, o homem foi preso por crime de injúria ao ofender o policial, e por ameaça contra o secretário. Um segundo homem, de 30 anos, também foi preso e enquadro no mesmo crime por compartilhar a mensagem.

O áudio gravado pelo comerciante tem 29 segundos e começa dizendo: “Atenção pessoal do grupo aí, fica esperto. Aqui na saída da AABB aqui, aquele policialzinho da rodoviária, aquele fi duma &%$# [faz diversos xigamentos e cita o nome do policial] tá parando a turma ali, tá parando… já tem três Kombi escolar parada lá. Tá junto daquele vereador vag%$# [mais xingamentos contra vereador que na verdade é secretário de Trânsito] aquele Giácomo que tem que apanhar na cara, tem que dar um tiro nele, matar aquele [mais xingamentos]. Pessoal do grupo aí fica esperto, hein. Espalha a notícia aí! Falou…”, o açougueiro gravou e mandou o áudio.

Após terem conhecimento do áudio, o policial e o secretário de Trânsito foram à delegacia e formalizaram a denúncia. A Polícia Civil entrou no caso. O homem que compartilhou o áudio foi encontrado e em depoimento contou quem gravou a mensagem e os dois foram presos.

O secretário de Trânsito diz que ficou surpreso ao ouvir o conteúdo da mensagem. “Pois não esperava que essa ameaça partisse de uma pessoa do meu convívio.  Lamentável alertar também sobre a blitz, pois estávamos trabalhando em prol da segurança de nossas crianças usuárias do transporte escolar. Mas agora que a justiça seja feita”, diz Giácomo Costanti.

Até a publicação dessa reportagem, não conseguimos falar com o sargento Eliardo, citado no áudio, nem com os advogados dos dois presos.

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