Árvore Grande, símbolo de Pouso Alegre, ganhará campanha de preservação
Terra do Mandu / 12 fevereiro 2019
Terra do Mandu / 12 fevereiro 2019
Segundo biólogo, copaíba já entrou no estágio de velhice e população precisa ser conscientizada para ajudar no cuidado dela, que é um bem tombado do município.
Nos próximos dias, estudantes do curso de biologia da Univás vão bater de porta em porta dos moradores do bairro Árvore Grande. O objetivo deles será conscientizar a comunidade para os cuidados com a copaíba centenária chamada de Árvore Grande e que dá nome ao bairro onde está localizada.
Nesta semana (11/02) foi firmada uma parceria entre a prefeitura e a universidade para dá início ao trabalho de preservação da planta. Segundo o biólogo e vive-coordenador do curso de biologia, Farley Soares, a copaíba está com a sanidade comprometida devido ao seu ciclo natural de ser uma árvore centenária e apresenta doenças como alguns fungos. “Depois do seu crescimento e desenvolvimento, agora ela entrou no estágio mais avançado. É um estágio de velhice mesmo, que acaba tendo suas partes danificadas”, afirma o professor.
A árvore, que mede cerca de 15 metros de altura e tem uma copa de 30 metros de diâmetro, foi tombada pelo patrimônio histórico e cultural de Pouso Alegre em 1999. Através da campanha de conscientização, os moradores terão um papel importante para alertar sobre possíveis danos que a espécie esteja sofrendo.
Ainda de acordo com o professor, além do trabalho de campo feito pelos alunos, com supervisão de professores, também deverão ser feitos exames na árvore por um arborista certificado.
Outra medida recomendada pela universidade à prefeitura é que o entorno da árvore receba grades para garantir que as pessoas não subam nela. “Para que as pessoas possam ver a árvore, mas de certa distância. Para mantê-la de pé, essa é a melhor recomendação”.
Parte da Árvore Grande desabou
Em 2013 a copaíba perdeu parte de sua copa depois que um grande galho junto ao tronco rachou. Como a planta é um bem tombado pelo patrimônio histórico e cultural de Pouso Alegre, técnicos do meio ambiente e do conselho do patrimônio se reuniram e decidiram fazer a poda para dar sobrevida à árvore.
Segundo o professor Farley, essa espécie dura mais de 200 anos dentro de uma floresta. “Como está num meio urano, além de sofrer algumas podas que podem alterar o ritmo fisiológico da planta, tem a questão das pragas urbanas que acabam concentrando em um indivíduo só, quando a árvore está na floresta isso fica dividido”, explica o professor.
Parceria
Representantes da universidade e da prefeitura participaram da reunião que formalizou a parceria para cuidar da Árvore Grande. Para a superintendente municipal de Cultura, Regina Franco, “essa parceria com a FUVS/Univás vai ajudar a manter viva a Árvore Grande. Será um desafio. Estaremos juntos nesta empreitada de preservação”, comentou.
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