Região

Fenômeno ‘chuva de aranha’ é registrado em Espírito Santo do Dourado; vídeo

Terra do Mandu / 06 janeiro 2019

Estudante fez o registro durante visita à sítio dos avós. Bióloga explica que evento é comum e faz parte de tática dos aracnídeos para se alimentar

O fenômeno natural conhecido como ‘chuva de aranha’ foi visto nesta semana na zona rural de Espírito Santo do Dourado, Sul de Minas. Era fim de tarde quando o estudante João Pedro Fonseca Martinelli, de 14 anos, pegou o celular e fez o registro. O estudante visitava a casa dos avós, no bairro rural Ibirissu.

As imagens gravadas por João Pedro mostram uma teia gigante suspensa sobre as árvores. Milhares de aranhas circulam por essa teia. Dona Jercina Martinelli, avó de João Pedro e moradora do sítio conta que ela e outros parentes estavam voltando quando viram o fenômeno. “Tinha muito mais teias e milhares de aranhas do que aparece no vídeo. A gente aqui já viu isso outras vezes, sempre quando está anoitecendo e em dias de calor”.

A reportagem do Terra do Mandu ouviu a bióloga Thaiz Moreira. Ela explica que o fenômeno realmente acontece em épocas de muito calor e alta umidade que auxiliam na fixação das teias de maneira uniforme. De acordo com a especialista, geralmente, a espécie que forma a ‘chuva de aranha’ é a Tecedeira-sombria e são as fêmeas que tecem as teias.

“É uma tática para aumento da área para captura de alimentos, geralmente insetos. Os fios de seda fazem o papel de paraquedas, por isso, a chuva de aranhas também é chamada de “balonismo”, diz a bióloga.

A bióloga também alerta para o aumento da população de aranhas por conta da falta dos predadores naturais, com o desaparecimento de árvores frutíferas, que estão dando lugar às pastagens. “Essas árvores eram abrigo de morcegos e aves, principais predadores das aranhas”.

Thaiz ainda reforça que o fenômeno é natural e faz parte da cadeia alimentar inteligente.


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