Gráfica em Pouso Alegre é alvo da operação ‘Casa de papel’ que apura sonegação de R$ 60 milhões em MG

Terra do Mandu / 21 novembro 2018

Operação investiga esquema de sonegação fiscal na comercialização de papel envolvendo distribuidora e gráficas no estado.

O Ministério Público de Minas Gerais, a Polícia Civil (PCMG) e a Secretaria de Estado de Fazenda realizam nesta quarta-feira (21), a operação Casa de Papel. Seis mandados de busca e apreensão são cumpridos em Belo Horizonte e Pouso Alegre, e em São Paulo. A operação investiga um esquema de sonegação fiscal por uma distribuidora de papel e quatro gráficas que, segundo o MP, teria dado um prejuízo estimado aos cofres públicos superior a R$ 60 milhões.

Ainda segundo os órgãos que integram o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), a ação, batizada de “Casa de Papel”, apura o uso indevido de papel que deveria ser destinado exclusivamente para a impressão de livros, jornais, revistas e periódicos. Estas publicações têm menos custo final porque a matéria-prima é comprado com imunidade tributária.

As investigações apuram o envolvimento de uma grande distribuidora mineira com filial no estado de São Paulo e quatro gráficas/editoras, situadas em Belo Horizonte e Pouso Alegre/MG. Segundo apurado, o papel adquirido pelas gráficas e editoras não é efetivamente utilizado para impressão de jornais, livros e periódicos, incidindo nas operações o ICMS sonegado ao Estado de Minas Gerais.

Nome do estabelecimento em Pouso Alegre alvo da operação não foi informado pelo MP.

Levantamentos preliminares da Receita Estadual estimam um prejuízo aos cofres públicos superior a R$ 60 milhões, considerando a movimentação do setor de compra e venda de papéis no estado.

Participam da operação uma delegada de Polícia, 18 agentes da Polícia Civil, dois promotores de Justiça e 30 servidores da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais.


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