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Morador de Pouso Alegre registra sossego de gambá na garagem de sua casa

Segundo bióloga, é comum essa espécie aparecer nas áreas urbanas. O alerta é para as pessoas não matarem o animal.

Um gambá aproveitou a tarde chuvosa para descansar sobre o tapete de uma garagem, no bairro Santo Ivo, em Pouso Alegre. O morador da casa que fez o registro.

Segundo o técnico mecânico Lincoyán Fernando Reyes, o animal apareceu na tarde desta quinta-feira (08) e ficou horas por ali. À noite, quando Lincoyán foi para a fábrica onde trabalha, o gambá continuava na garagem. Hoje pela manhã, quando ele voltou, o bicho já tinha ido embora.

O morador até ligou para os bombeiros ontem à tarde. Mas a orientação foi esperar por alguns minutos para ver se o visitante iria embora por conta própria.

Nossa reportagem conversou com a bióloga Thaiz Moreira. Ela conta que é bastante comum gambás aparecerem em áreas urbanas. Eles podem estar em busca de algum alimento de lixo mal acondicionado, sobras de ração, ou a procura de um lugar tranquilo e considerado seguro para fazer um ninho.

“Eles sempre aparecem à noite, para fuçar em lixos e procurar comidas. As vezes as pessoas os confundem com ratos e acabam matando. Não precisa matar. Toda forma de vida tem uma função na natureza”, explica a bióloga.

Existe até um ONG que desenvolve ações para salvar os gambás. O nome da ONG é projeto Gambá Paçoquinha e tem sede em Ribeirão Preto (SP). “Nossa página presta serviço de preservação, orientação, conscientização e salvamento envolvendo os Gambás Brasileiros”, diz a descrição do projeto.

Dicas para evitar esse hóspede

Recomenda-se vedar aberturas, entre telhados e forros da casa, acondicionar o lixo corretamente e retirar sobras de rações. Se o gambá estiver no quintal e houver vegetação ou árvores próximas, o morador pode colocar alguma madeira, simulando uma escada, para facilitar a sua saída. Não é recomendável acuar o animal, o ideal é que ele encontre o caminho para fuga.

Por hábito, o gambá pode procurar um canto mais escuro, para se esconder e quando escurecer sair com maior facilidade e segurança, por enxergar melhor no escuro e ter hábitos noturnos.
A espécie lembra um rato grande e quando acuada arreganha os dentes e elimina uma secreção fétida. É sua forma de defesa, não é um animal violento, que parte para o ataque.


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