Troca de farpas entre vereadores e um projeto de lei aprovado na Câmara

Magson Gomes / 03 julho 2018

Terra do Mandu traz para seu leitor o resumo da reunião dos vereadores de Pouso Alegre.

O único projeto votado durante a sessão foi o PL nº 943/2018, de autoria do Executivo, que prorroga por 12 meses os contratos temporários de profissionais que autuam em dois programas que atendem adolescentes que cometeram atos infracionais e crianças em situação de vulnerabilidade.

DISCURSOS TÊM TROCAS DE OFENSAS, COBRANÇAS DE MELHORIAS E ELOGIOS

O ritmo de trabalho e os discursos dos vereadores não mudaram quase nada desde o início da atual Legislatura, em janeiro de 2017. Há o grupo que defende as ações da atual administração, enumerando a cada semana alguma obra em andamento, ou inaugurações feitas, abrindo espaço para críticas à política estadual.  E têm dois ou três vereadores que fazem críticas à administração municipal, apontam irregularidades. Nesse embate, vira e mexe, tem os discursos que beiram à baixaria, onde um parlamentar ataca o outro. No uso da tribuna na sessão desta terça-feira não foi diferente.

Odair Quincote (PPS) falou de uma obra da prefeitura de acesso ao bairro dos Afonsos que pode prejudicar moradores. Pediu que os moradores próximos ao local sejam ouvidos antes da conclusão do serviço. O vereador também falou que esteve na obra de construção do posto de saúde do bairro Jatobá; pediu atenção para a situação de abandono que se encontra a Mina do Machado.

Dito Barbosa (PSDB) elogiou o Programa Municipal de Melhoramento Genético, onde o produtor rural recebe doação de sêmen bovino para melhorar a qualidade de seu rebanho.

Rodrigo Modesto (PTB), líder do prefeito na Câmara, justificou seu apoio à pré-candidatura do senador Antônio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas. O vereador fez a justificativa para dizer que seu apoio não é ao senador Aécio Neves (PSDB), que responde a denúncias na Lava-Jato, que lançou Anastasia na política. Modesto ainda criticou “quem queira igualar as pessoas por baixo”.

O líder do prefeito ainda citou obras da prefeitura em andamento, como a pavimentação da estrada de acesso ao distrito São José do Pantanto. E ainda comentou ofício do Ministério Público com comunica arquivamento de denúncia envolvendo contratação de empresa para prestar serviço de asfaltamento na cidade (Leia nesta quarta matéria específica sobre o assunto aqui no Terra do Mandu).

Luiz Campanha (PROS) citou problemas em minas de água na cidade. Uma no bairro Faisqueira corre água, mas não tem como ser utilizada pela população; a Mina do João Paulo II está sendo drenada, o que poderá secá-la, diz o vereador.

Campanha ainda comentou sobre o aeroporto de cargas e passageiros, questionando em que moradores de áreas onde o empreendimento seria construído estão sem saber se o projeto ainda vai sair do papel.

TROCA DE OFENSAS

André Prado (PV) usou a tribuna para responder ao discurso feito na semana passada pelo colega Arlindo Motta (PSDB), que mostrou fotos de Prado com políticos do PT. Prado citou que a classe política está em descrédito com a população, onde não há um partido político sem pessoas citados em atos de corrupção e mostrou fotos de Motta com políticos do PSDB.

O vereador do PV ainda usou o termo ‘hipocrisia’ para dizer que o colega não cumpre seu papel de legislar e fiscalizar.

Arlindo da Mota (PSDB) usou a tribuna alguns minutos depois. Desta vez, não gritou como na semana anterior, nem mostrou fotos para criticar o colega. Mas pediu para que André Prado também deveria falar da situação do estado, com o governo dando calote, servidores que não recebem em dia.

Bruno Dias (PR), corregedor da Câmara, criticou as falas dos colegas André Prado e Arlindo Motta. Para Dias, o debate tem que ser de ideais e guardar o respeito.  “Deve ter algum zelo pelos nossos pares. Vamos manter o decoro” ponderou.

Bruno Dias ainda voltou a criticar o governo do Estado que tem atraso, sistematicamente, os pagamentos dos servidores e deixado de fazer repasses a municípios mineiros.

O presidente da Casa, vereador Leandro Morais (PPS) comentou o embate entre os colegas ao final da sessão. Pediu cautela no uso de certas palavras e disse que a população que acompanha absolve os debates. “A casa faz o seu trabalho, falar que não investiga ultrapassa o limite do bom senso. Nenhuma denúncia foi feita aqui. Qualquer uma que chegar será levada ao plenário”.

Oliveira Altair (MDB) disse que se tem denúncia, tem que mostrar, respondendo a fala do vereador André Prado. E disse que o prefeito está trabalhando, muitas obras feitas.

Adelson do Hospital (PR) comentou um mutirão de cirurgias de catarata realizado na semana passada em cerca de 100 pacientes. Também citou o agendamento de exames de ressonância na Secretaria de Saúde e lembrou da inauguração de uma unidade Estratégia Saúde da Família, no jardim Noronha.

Leandro Morais (PPS) criticou e mostrou fotos de vandalismo em lixeiras no bairro Jardim Mariosa; lançamento de esgoto pela Copasa em área verde do bairro Belo Horizonte; e retomada de obra de UBS no Jatobá.

Adriano da Farmácia (PR) questionou quando o Theatro Municipal será reaberto, já que teve problemas com reforma, mas está muito tempo parado.  E, citando a polêmica com artistas de rua, o parlamentar sugeriu levar os artistas de rua para dentro do Theatro Municipal.


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