Notícia

Presidente do Pouso Alegre vai à FMF e confirma time na 2ª mineira deste ano

Terra do Mandu / 16 maio 2018

Paulo da Pinta diz que técnico que vai comandar a equipe já foi contratado. A competição começa em agosto e o Dragão deverá mandar os jogos no Manduzão.

Quase 10 anos depois de disputar uma partida oficial, o Pouso Alegre Futebol Clube voltará a participar de uma competição organizada pela Federação Mineira de Futebol. O presidente do Dragão, Paulo da Pinta, esteve em Belo Horizonte esta semana para inscrever a equipe na 2ª Divisão deste ano. O presidente disse ao Terra do Mandu que, inclusive, a equipe já tem até técnico contratado.

“Vamos participar sim. Mandamos a documentação. Está tudo ok. Já contratamos o técnico. Estamos encaminhando as coisas para participar sim”, afirma o presidente do Dragão.

A FMF também confirmou que o Pouso Alegre está apto a participar do torneio após quitar as dívidas que existiam com a Federação. A Segundona mineira começa em agosto.

O retorno do PAFC aos gramados está diretamente ligada à negociação do Campo da Lema com a prefeitura e o acordo firmado de que o município também colocará o estádio Manduzão em condições para receber os jogos do time.

Em março, Paulo da Pinta falou com a reportagem do Terra do Mandu e afirmou que vê possibilidades para time voltar à 1ª divisão até 2020.

A última vez que o Pouso Alegre Futebol Clube disputou uma partida oficial foi em 2009, quando fez uma campanha insignificante na 2ª divisão. Antes disso, o time teve seu auge em 1990, quando disputou a 1ª divisão, destaque para a vitória sobre o Atlético no Mineirão, no dia do aniversário do Galo. Em 1993, o Dragão desistiu de participar do campeonato e foi automaticamente rebaixado.

Apesar de quase 30 anos longe da elite, Paulo da Pinta enxerga possibilidades para o PAFC reconquistar seu espaço em pouco tempo.

“O Pouso Alegre hoje vai começar na última divisão do Campeonato Mineiro, que seria a Segundona. Mas o Campeonato Mineiro te proporciona possibilidades de ter o acesso rápido”, diz Paulo.

A 2ª divisão vai de agosto a novembro, se conseguir passar, o Módulo II começa em janeiro do ano seguinte e termina em maio. “Então, em menos de 12 meses você pode sair de uma Segundona para uma primeira divisão”, diz Paulo da Pinta que ainda alerta para o respeito a outras equipes a mais tempo formadas, mas espera o apoio de toda a cidade para alcançar o acesso o quanto antes.

Arquivo equipe do PAFC de 1990.

Batalha judicial

A retomada do PAFC teve início há 1 ano e meio, quando um grupo formado por ex-jogadores e ex-sócios ganhou na justiça o direito de fazer nova eleição para administrar o clube. Na decisão do juiz da 4ª Vara Civil José Hélio da Silva, a família Chaves que se elegia a diretoria do Pouso Alegre entre seus membros, foi notificada a entregar a administração por descumprir o estatuto do clube. Paulo da Pinta foi nomeado administrador provisório e depois eleito presidente do time.

Negociação do Campo da Lema e dívidas do PAFC

A negociação do Campo da Lema com a prefeitura de Pouso Alegre, concretizada na semana em março, é uma das principais garantias para o PAFC conseguir quitar suas dívidas e criar estrutura para formar a equipe profissional. Pouco mais de 8 mil m² do imóvel da Comendador José Garcia foi repassado à prefeitura por R$ 14,9 milhões. No acerto, o clube receberá R$ 8 milhões em parcelas, um terreno de 41 mil m² às margens da BR-459 avaliado em R$ 6 milhões, e mais R$ 900 mil será abatido em dívidas fiscais com o município.

Jogos no Manduzão

Com a volta do time aos gramados, a pergunta que se faz é onde vai mandar os jogos. Já que o estádio Manduzão precisa de reformas para ser liberado. Mas, o presidente Paulo da Pinta afirma que a prefeitura já se comprometeu em fazer as melhorias necessárias para, até julho, o estádio ter todas as licenças e alvarás de Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Vigilância Sanitária e laudo de engenharia. Além da liberação da FMF para você poder jogar.

“Isso foi amarrado na negociação [do Campo da Lema]. Para o Pouso Alegre Futebol Clube não adiantava nada quitar todas as dívidas, pegar uma outra área para ter investimento futuro, ter um recurso, um capital para reiniciar o futebol profissional se a gente não tiver um estádio para jogar”.


[metaslider id=”4967″]

Mais Lidas