Terra do Mandu conversou com homem que corre o risco de perder uma das pernas após acidente na Av. Dique I.
Nos últimos dias, em menos de um mês, foram dois acidentes envolvendo carros e cavalos soltos em avenidas de Pouso Alegre. Em ambos os casos, os animais tiveram que ser sacrificados. Os motoristas dos carros tiveram prejuízos materiais, além do susto.
Uma das vítimas, o psicólogo Daniel de Almeida Santiago, postou em sua página na rede social após o acidente no último dia 25 de abril. “Depois de um dia inteiro de trabalho atropelo um cavalo na volta para casa. E uma vergonha pois todos sabem da presença de animais na Dique 1 e ninguém toma providências. Poderia estar morto nesse momento e me tornaria parte da estatística”, reclamou Daniel. Parabéns as autoridades e muito obrigado pela consideração com nossa segurança.
Duas semanas depois um novo acidente, dessa vez na Dique II. O ex-vereador Hélio da Van, ligado à causa animal, foi chamado por pessoas que passavam pelo local. Ele lamenta a falta de políticas públicas para retirar os animais das ruas, ou o serviço de regulamentação do uso das carroças que ele tentou implantar, enquanto esteve na Câmara Municipal.
“Nós tentamos fazer o projeto de lei que, ao menos, regulamentasse através de microchip e emplacamento de carroças, para ter esse controle e saber quem é o dono do animal”, lembra o ex-vereador que enfrentou resistência de movimentos contrários.
ONG afirma que problema tem aumentado
Para a presidente da ONG Voluntários da Pata, Alessandra Soares de Souza, o problema de animais soltos nas ruas de Pouso Alegre tem aumentado. Isso é comprovado, além do que é visto nas vias públicas, pela quantidade de pedidos que recebem na ONG para tomar alguma providência. “Mas nós não temos muito o que fazer. É chamar a Guarda Municipal e pedir a apreensão do animal ou só tirá-lo do meio da rua”, conta Alessandra.
Alessandra afirma também que é preciso que os donos dos animais sejam conscientizados do problema e que o poder público tome providências.
Soldador já passou por mais de 20 cirurgias nas pernas
O soldador Leandro Nogueira, de 43 anos, vive um drama. Ele não teve, o que seria, a mesma sorte dos motoristas dos acidentes relatados acima.
“Acabou com minha vida. Perdi perspectiva da minha vida. Meu filho faz tratamento psicológico porque vê o pai na cama e não sabe quando o pai vai sair da cama”, lamenta o soldador que, em seguida afirma que está na luta.
Leandro conta como foi o acidente:
Lei contra animais soltos
Existe uma lei municipal para punir as pessoas que deixam animais soltos em vias públicas. Após a prefeitura fazer a apreensão do animal, o dono tem 120 horas para requerer seu cavalo, mediante pagamento de multa de R$ 200 reais. Esse valor pode triplicar em caso de reincidência.
O vereador Bruno Dias apresentou, e foi aprovada, uma alteração na lei para torna-la mais severa. O tempo para o dono pegar o animal de volta será de 96 horas após a apreensão e também passará a ser contada multa diária, como em casos de carros apreendidos e levados para pátios credenciados.
O OUTRO LADO
Tentamos saber na prefeitura como está o serviço de apreensão dos animais soltos em vias públicas. Mas, até o fechamento dessa reportagem não obtivemos retorno.
FLAGRANTE:
Nossa reportagem flagrou cavalos no canteiro central da Avenida Moisés Lopes. Veja nas imagens abaixo eles revirando lixo e depois saem andando entre carros.