Política

Câmara aprova 7% de reajuste para funcionários da educação em Pouso Alegre

Magson Gomes / 12 abril 2017

Projeto enviado pelo prefeito foi aprovado em única votação e reposição é retroativa ao mês de janeiro. E mais: moradores de rua são assunto nos discursos na tribuna. Parlamentares esquecem balanço dos 100 dias.

 Nesta terça-feira,11, os vereadores de aprovaram o projeto de lei 847/2017, de autoria do prefeito Rafael Simões, que concede o reajuste para os servidores públicos do magistério da rede municipal de educação. O percentual aprovado é de 7% (sete por cento) nos vencimentos da categoria. A inflação do período foi de 6,58%. O reajuste vai ser pago retroativo a 1º de janeiro desse ano.

Alguns professores e membros do sindicato da categoria acompanharam a votação durante sessão de ontem. Alguns vereadores comentaram o projeto, declarando apoio aos professores.

Semana de proteção animal

Também foi aprovado ontem, em última votação, o projeto de lei 7294/20117, de autoria do vereador Wilson Tadeu Lopes, que cria a Semana de Proteção Animal em Pouso Alegre. De acordo com a justifica do vereador, o objetivo da semana é intensificar as campanhas de conscientização sobre os maus tratos, adoções responsáveis, esterilização, controle e prevenção de doenças. A proposta volta em segundo turno na semana que vem.

Moradores de rua domina discursos na tribuna

Dos 15 vereadores de pouso alegre, apenas fez um balanço dos primeiros 100 dias de governo da administração do prefeito Rafael Simões. O assunto mais citado pelos parlamentares foi a quantidade de pessoas morando nas ruas da cidade. Rodrigo Modesto disse que é um impasse. “O direito do morador de rua termina quando começa o direito das pessoas que moram ao redor. Conclamo o secretário de Desenvolvimento Social, Coronel Braga, conclamo a Prefeitura para que possa dar uma resposta definitiva para esse problema seríssimo”.

Os vereadores Edson Donizeti e Mariléia Franco, citaram o problema na região da rua Abreu Lima, próximo à sede da guarda municipal. Eles pediram providências para a quantidade de pessoas usando drogas e se prostituindo naquelas proximidades. “A partir das 18h, aquilo ali virou um prostíbulo. É impossível caminhar na rua. Assalto, tráfico de drogas. E isso é ausência do poder público”, disse Dr. Edson.

Vereador André Prado

Ver. André Prado (Ascom/CMPA)

André Prado contou que fez uma enquete em sua página no facebook para os moradores avaliarem os 100 dias do prefeito Rafael Simões a frente da prefeitura, e leu alguns desses comentários que criticam a administração por falta de resultados que prometiam ser imediatos. “Eu acho que a gente não tem muito o que comemorar nos primeiros 100 dias. Eu não esperava muita coisa nos 100 dias porque é pouco mesmo. Mas, o básico a gente devia ter”, resumiu Prado.

O vereador, que no fim de semana postou um vídeo de moradores de rua em ato libidinoso, também comenta a situação. E contou que existe um dinheiro vinda do estado para fazer a ampliação do número de vagas no Semapa (Albergue Municipal). Basta licitar o serviço de ampliação para usar a verba.

Ver. Bruno Dias (Ascom/CMPA)

O vereador Bruno Dias também fez seu discurso na tribuna para abordar o problema dos moradores de rua. Porém, ele procurou retirar a culpa da atual administração. Bruno Dias mostrou fotos na televisão da Câmara com denúncias de possíveis irregularidades da gestão passada para justificar a presença de tantas pessoas vivendo nas ruas de Pouso Alegre. “Não soluções fáceis para a situação dos moradores de rua. E na verdade o que a gente vê é o reflexo de muito tempo que houve um descaso. Nosso albergue tem 29 vagas há muito tempo. Não houve uma ampliação do nosso sistema”.

O presidente da Câmara, Adriano da Farmácia, foi na mesmo toada do colega Dias. “Há o problema sim de morador de rua. Isso aí já aconteceu em 2.229 dias e eles [administração passada] não tomaram providências. Nós estamos com 100 dias de governo”, justifica o presidente.

O vereador Wilson Tadeu Lopes contou que na gestão passada foi comprada uma van que serviria como consultório médico ambulante para atender as pessoas que vivem nas ruas.Mas, o veículo tem servido para outras funções.

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