Pessoas não contempladas com imóvel no JD Redentor tentaram invadir casas. A Caixa informou que o conjunto será entregue ainda este semestre.

Cerca de 20 pessoas, segundo testemunhas, tentaram invadir algumas casas do conjunto habitacional Jardim Redentor, próximo ao bairro São João, em Pouso Alegre. A tentativa foi na noite dessa quinta-feira, 16. A Polícia Militar foi chamada e nenhuma imóvel chegou a ser invadido.

Famílias que foram contempladas com uma residência no conjunto foram para o local vigiar seus imóveis, com medo de serem danificados. A reportagem do Terra do Mandu conversou com algumas famílias. Elas disseram que vão permanecer na vigília e cobram prefeitura e Caixa agilidade para a entrega das casas.

“São três anos de espera, mais um ano de contrato, e nada. Sendo que no dia que a gente assinou o contrato, falaram que em 60 dias a gente estaria dentro da casa. E já faz quase um ano. As casas estão prontas, vem pessoas que não foram contempladas, tentam entrar, destroem. E a gente que ganhou, tem contrato assinado, não pode entrar”, reclama Elenilde de Fátima Gomes, mãe de três filhos.

As famílias que têm contrato assinado falam que vão vigiar dia e noite o imóvel deles, que já foi sorteado.

Angélica de Fátima Jacinto, mãe de quatro filhos, mora de aluguel e está desempregada. Diz que está muito difícil manter as contas em dia e mudar para a casa própria seria uma bênção. “Só promessa. Disseram que seria entregue em fevereiro, pularam para março. Então nós estamos aí só na espera”.

“A gente fica com medo. Vem pessoas de outros lugares invadir aqui. Todo mundo tá com medo. Se entra e faz vandalismo? A gente que perde”, diz Josiele Ribeiro, também contemplada com uma casa no Jardim Redentor.

O que diz a prefeitura e a Caixa

Em nota, a prefeitura informou que, com frequência, tem cobrado a Caixa Econômica Federal sobre o andamento das obras. E que a Caixa respondeu também em nota que o conjunto será entregue ainda no primeiro semestre de 2017.

A prefeitura informou ainda que não é responsável direta pela construção do conjunto residencial, por tanto, não responde pelos atrasos.

Na nota enviada à prefeitura, a Caixa informou que “a entrega do empreendimento do Minha Casa Minha Vida é definida somente após a conclusão das obras do empreendimento, das obras de infraestrutura externa, legalização do empreendimento e aceite das concessionárias, de forma a garantir condições de habitabilidade, conforme determina o Ministério das Cidades, gestor do programa”.

Casas então prontas, mas Caixa só entrega após obras de infraestrutura externa