Pouso Alegre

Morre jovem baleado durante assalto, em Pouso Alegre

Terra do Mandu / 12 fevereiro 2017

A morte de Obadias Rodrigues, de 22 anos, foi confirmada no início da tarde desse domingo, 12. O estudante foi baleado após assaltante ficar nervoso porque ele não estava com carteira. O crime foi no dia 25 de janeiro, no Alto Ibirá.

Obadias, primeiro da esquerda sem camisa, o pai Vanderlei, e o irmão gêmeo Obidiel.

Depois de 18 dias lutando pela vida, Obadias Rodrigues Faria, de 22 anos, não resistiu. A assessoria de imprensa do Hospital das Clínicas Samuel Libânio confirmou a morte do estudante de direito no início da tarde desse domingo, 12. Obadias teve morte cerebral e infecção pulmonar. E por isso, não será possível fazer a doação de órgãos.

O jovem estava internado na UTI do Samuel Libânio desde o dia 25 de janeiro, quando foi baleado no ombro. Naquela noite de quarta-feira, Obadias estava com a namorada no Alto do Ibirá. O assaltante chegou a pé e anunciou o assalto, pedindo celulares e carteira. Obadias estava apenas com o celular. Não tinha carteira, nem dinheiro. O criminoso teria ficado nervoso e atirou contra o rapaz.

O assaltante fugiu a pé e ainda não foi preso.

Velório

O estudante será velado na funerária Santa Edwiges. O velório deve começa no início da noite desse domingo, assim que o corpo for liberado do IML.

Jovem alegre, atleta e querido por todos

Amigos, familiares e colegas descrevem Obadias como uma pessoa de alegria contagiante, sempre sorridente. Amava a família, os amigos e o esporte.

Ele tinha 22 anos e estava no quarto ano de Direito. Era estagiário no Fórum de Pouso Alegre.

Obadias era amante de esportes, como escaladas

“Um homem ativo e cheio de sonhos que estavam se realizando. Eu diria que uma das melhores fases da vida dele. Por onde ele ia contagiava por sua alegria. Tudo era motivo de brincadeiras. Até rir dos próprios problemas ele fazia. Filho amoroso, irmão maravilhoso. Ele fazia a alegria da casa”, diz a namorada do irmão gêmeo, Raiane Ribeiro.

Obadias gostava era amante das escaladas e trilhas nos finais de semana. Sempre acompanhado do irmão gêmeo, Obidiel e amigos.

Durante a adolescência participou de jogos escolares e jogos da juventude, competindo nas modalidades de salto em distância, lançamento de dardo e natação. “Grande menino. Conquistou muitas medalhas na natação nos jogos. Querido por todos ao redor e muito alegre”, lembra Célio Rodrigues, técnico de atletismo na Praça de Esportes.

A revolta dos familiares com o crime

Todos da família estão indignados com o crime, as circunstâncias em que o estudante foi baleado e o assaltante ainda solto.

A cunhada de Obadias enviou um texto para o Terra do Mandu questionando a falta de segurança e a forma em que o cunhado foi baleado. Que reproduzimos abaixo:

“Não temos mais a nossa liberdade que deveria ser garantida pela constituição, nosso direito de ir e vir, segurança pública, o nosso direito a vida! Bandidos tomam conta do mundo inteiro, roubam para sustentar os vícios, matam por prazer, a que ponto chegamos com a nossa sociedade, até quando a impunidade, até quando as pessoas vão morrer e virar apenas números de estatísticas da parte criminal?

O estudante com a mãe, dona Ana Lúcia.

Quando é que vai existir paz, quando é que vamos andar tranquilamente pelas ruas? Então será sempre assim, roubar, matar por que o jovem não tinha dinheiro, mas que já havia roubado o celular, e ainda fugir a pé. BASTA! Precisamos nos unir, precisamos de leis que sejam de fato respeitadas, precisamos viver sem medo de sair de casa! Quantas mais vidas vão ser tiradas de forma cruel para mostrar ao nosso governo que precisam tomar providencias urgentes e severas? CHEGA de fechar os olhos, e maquiar a realidade”. – Texto: Raiane Lima de Oliveira Ribeiro.

Outras amigos fizeram postagens nas redes sociais para homenagear Obadias.

A prima Joelly Rodrigues escreveu: “E a tristeza é saber que o seu sorriso não será mais visto aqui, e a alegria é saber que esse mesmo sorriso vai alegrar o céu. (…) Você sempre será lembrado; sua alegria era contagiante; sua forma de tratar a todos; um exemplo de uma pessoa que tinha o amor de Deus, e por ter esse amor sua luz era incomparável. Sentiremos saudades”.

 

 

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