Trincas assustam famílias que moram em casas à beira do barranco no bairro JD São João
Magson Gomes / 06 fevereiro 2017
Magson Gomes / 06 fevereiro 2017
No fim de semana uma família foi retirada do local. Quem permanece, tem medo.
Famílias que moram na Rua Curruíra, no bairro Jardim São João, em Pouso Alegre, convivem com o medo. As casas estão à beira de um barranco. As trincas aparecerem nos quartos, cozinhas, banheiros, quintais… em todos os cantos.
A reportagem do Terra do Mandu esteve no local e conversou com moradores que relatam suas aflições.
Na sexta-feira, 03, uma família foi retirada de um imóvel que já estava condenado pela Defesa Civil, mas a família tinha invadido o imóvel. A família do pedreiro Anderson Pimenta foi levada para o estádio Manduzão.
Dona Benedita mostra onde o marido tampou algumas trincas
Quem permanece na Rua Curruíra pede socorro. Dona Benedita Aparecida Dias Venâncio mora com o marido, uma filha e duas netas no número 65. Ela conta que o marido vive tampando as aberturas que surgem. Na quinta-feira, 02, foi posto cimento numa trina que surgiu ao lado do muro. Também foi fechada uma rachadura que apareceu no quarto. “Estamos nessa luta há mais de cinco anos. Vem um aqui, fala uma coisa; vem outro, fala outra, e não resolve para nós”, lamenta dona Benedita.
Outra casa da rua mora Josiele Ribeiro com outras quatro pessoas. O imóvel é do pai dela. Essa residência apresenta ainda mais problemas do que o de dona Benedita. Esse está a menos de um metro da beira do barranco e as rachaduras só aumentam. “Tinha uma trinca no quarto, que meu pai já tampou, que cabia um braço de uma pessoa”, aponta Josiele.
As famílias dizem que diversas vezes ouviram das autoridades, fiscais de Defesa Civil e engenheiros da prefeitura, que elas seriam retiradas do local. Mas até hoje não tem uma decisão.
Rachaduras estão em todos os cômodos
Os moradores pedem doação de casa em outro lugar ou até mesmo o terreno para construírem. Eles até entraram na justiça para terem esse direito e não perderem o imóvel que demoraram anos para conseguir. Tem família que mora ali há 32 anos.
O que diz a Prefeitura
No último sábado, 04, uma equipe do Corpo de Bombeiros estava na rua, vistoriando algumas dessas casas. De acordo com o superintendente de Defesa Social da prefeitura, Aylton de Souza Alves, será apresentado um relatório das condições desses imóveis. “Tão logo o laudo seja feito pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros as medidas adequadas serão providenciadas pelo Poder Executivo para garantir a segurança dos moradores ”.
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