Segundo mães ouvidas pela nossa reportagem, a diferença de preço do material entre lojas chega a ser ‘absurda’

As aulas na rede pública em Pouso Alegre começam na próxima segunda-feira, 06. Mas muitos pais ainda não compraram o material escolar de seus filhos. Nossa reportagem foi às ruas e encontrou algumas mães ainda pesquisando preços.

Ester Carvalho tem três filhos que voltam às aulas. Ela não comprou material para nenhum deles ainda. “Estou pesquisando. Existe muita diferente de preço entre uma loja e outra. Diferença absurda de até 12 reais em cada caderno de um lugar para outro”, segundo Ester.

Sheyla Rosário Carvalho tem uma filha de sete anos que vai para o segundo ano na escola. A família mora em Silvianópolis, mas Sheyla resolveu vir a Pouso Alegre para comprar de maneira mais facilitada. Ela já tinha passado em três lojas diferentes para ver preços. “Eu vim comprar aqui em Pouso Alegre porque na minha cidade as lojas não trabalham muito com cartão. Ou é à vista ou marcar para 30 dias e pagar no valor a prazo”, afirma Sheyla que ainda comemora que a mãe dela já comprou o mais caro do material que é a mochila e boslinha.

Essa mãe começou a pesquisa em dezembro

A mãe Carla Roberta de Araújo imprimiu a lista da escola para ir às compras. Ela optou por comprar um pouco em cada lugar. E começou a pesquisar ainda no ano passado, em dezembro. “Mas está difícil viu. Tudo muito caro. Mas as aulas começam na segunda, agora tem que comprar. Vou se compro o que falta de uma vez para conseguir mais desconto”. Carla também confirma que há muita diferença de preços entre as lojas.

Vai ter fila

O movimento nas lojas e papelarias deve ser maior no fim de semana e na primeira semana de aula. A proprietária de uma loja que vende material escolar, Vânia de Souza Lopes, diz que o movimento ainda é pequeno e deve aumentar nos próximos dias. “Melhor agilizar as compras, senão vai ter muita fila”.

Sabendo do momento de crise, todo mundo apertado, ela diz que tem facilitado a forma de pagamento ou dado desconto para os pais fazerem as compras na loja dela mesmo. “A gente divide em seis vezes sem juros nos cartões e à vista tem dez por cento de desconto. É facilitar porque a crise está aí. Se não ajudar o pessoal também fica na mão”, conta a comerciante.

Dicas do Procon

Uma dica do Procon é reaproveitar as sobras de material e realizar a compra em quantidade (com outros pais), pois pode haver descontos e boa economia. O Procon também alerta que a escola não pode obrigar o aluno a comprar material de determinada marca ou indicar o estabelecimento para a compra. O consumidor tem a liberdade de buscar os melhores os preços e melhores condições de pagamento, lembrando que é sempre bom pesquisar.

Ainda segundo o Procon, a instituição de ensino não pode exigir do aluno materiais de uso coletivo, tais como: giz, canetas para quadro branco, material de limpeza, papel higiênico, copos, entre outros.