Pouso Alegre tem 650 casos de dengue; drones vão mapear focos do mosquito
Uma adolescente de 17 anos morreu de dengue hemorrágica em abril. Donos de lotes sujos podem ser multados. Confira reportagem.
Nayara Andery / 18 maio 2025Uma adolescente de 17 anos morreu de dengue hemorrágica em abril. Donos de lotes sujos podem ser multados. Confira reportagem.
Nayara Andery / 18 maio 2025Pouso Alegre soma 650 casos confirmados e uma morte por dengue, em 2025. Uma adolescente, de 17 anos, teve dengue hemorrágica e morreu em abril. Drones serão usados a partir de 26 de maio, para fazer o aerolevantamento e intensificar o combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença.
O mosquito também transmite Zika, Chikungunya e é um dos transmissores da Febre Amarela. Ele coloca ovos em locais com água parada. Os ovos se transformam em larvas e depois, em mosquitos. Eles transmitem a doença ao picar uma pessoa contaminada.
A prefeitura registrou até 10 de maio, 713 casos suspeitos de dengue. Tem uma morte por febre amarela e 54 casos sob investigação por suspeita da doença. A prefeitura registrou três casos de Chikungunya.
Agentes de endemias da prefeitura fiscalizam os imóveis em toda a cidade. Eles estão identificados com camiseta do setor de Agentes de Endemias, colete e mochila cáqui e crachá. Novos agentes vão receber o crachá em breve.
A coordenadora municipal de Vigilância em Saúde, Tatiana Guerra, fala que parte da população dificulta o trabalho desses profissionais. “É preciso que as pessoas permitam a entrada dos agentes para ajudar a identificar possíveis focos do Aedes e aplicar larvicida quando necessário.”
O aerolevantamento com drones vai sobrevoar imóveis em Pouso Alegre para detectar focos. A fase inicial do projeto é nos bairros com mais incidência de casos.
Os dados obtidos pelos drones seguem para a Vigilância Epidemiológica. A fiscalização vai aos pontos identificados. Nos locais em que os agentes não conseguirem acesso, os drones podem aplicar larvicida para evitar a proliferação do mosquito.
É importante que a população verifique o imóvel regularmente e evite acumular água parada. O mosquito se reproduz em qualquer local, como embalagens, tampas de garrafa e cascas de ovo jogadas em terrenos e quintais. As larvas se acumulam geralmente em vasos de plantas, pneus, caixas d’água, tambores e bandeja atrás de geladeira.
Pessoas podem denunciar lotes sem manutenção, imóveis abandonados ou que oferecem risco à saúde pública. As denúncias podem ser feitas na Central de Atendimento, na Rua Dionísio Machado, 96, no Centro, pelo site pousoalegre.mg.gov.br ou no aplicativo Atende.Net.
A prefeitura reforça que proprietários de imóveis têm a obrigação de manter os dados de contato atualizados, como endereço e telefone. A falta de atualização atrapalha a fiscalização, mas não impede que o proprietário seja responsabilizado e multado.
Veja como funciona mapeamento por drones:
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