Crianças mostram que amor por folhear livros se mantém vivo em novas gerações
Dia Nacional do Livro Infantil é em 18 de abril. Crianças e professora mostram riqueza de conhecimentos trazidos pela leitura.
Nayara Andery / 18 abril 2025Dia Nacional do Livro Infantil é em 18 de abril. Crianças e professora mostram riqueza de conhecimentos trazidos pela leitura.
Nayara Andery / 18 abril 2025Livros têm o poder de transportar leitores para novos mundos e personagens, dos reais à ficção. Crianças e a bibliotecária da Escola Estadual Dom João Rezende Costa, Cristiane Vieira, mostram a importância do livro físico, inclusive nesta era digital.
A escola ganhou revitalização da biblioteca pelo Governo de Minas Gerais. As crianças aguardavam ansiosamente a inauguração, que aconteceu em abril.
Os olhos de Lana, aluna do 5º ano do Ensino Fundamental I, brilham ao falar da restauração da biblioteca. “Nem parece a mesma, está muito diferente, muito linda. Entrar parece um sonho. Ano passado tínhamos muitos (livros), mas não como esses. Minha leitura preferida é Eva Furnari.”
Todas as turmas da escola, que atende alunos do 1º ao 5º ano, têm aulas semanais na biblioteca. Para a bibliotecária que também é professora, o projeto estimula o gosto pela leitura.
“Nos dias de hoje, com o uso desregrado com tantas telas, a leitura de livros é de suma importância. Tanto para o desenvolvimento do vocabulário, para aquisição de novos conhecimentos e o desenvolvimento da criança com ser integral.”
O local com teto de nuvens, estantes de casinha, personagens em bonecos, tem livros até para quem ainda não é alfabetizado. “Também existe a leitura por imagens”, lembra a professora.
Entre os títulos estão livros de Monteiro Lobato, a coleção Harry Potter e Diário de um Banana, gibis de Maurício de Souza e exemplares de diferentes gêneros. E quem acredita que crianças e adolescentes de 1o a 11 anos gostam dos livros com poucas páginas, pode se surpreender.
A coleção de Harry Potter é a leitura atual de Mariana, de 10 anos. Ela diz que a leitura de livros fazem parte da vida dela desde os 7 anos. “Ler significa paz. A gente viaja nas histórias.”
Sofia, de 10 anos, diz que “acho muito bom (ler). Amo gibis. Gosto de livros que fazem rir bastante. Tenho uma coleção de livros!” E ela compartilha esse hábito. “Emprestei um livro para a minha prima e estou esperando ela devolver.”
Cristiane discorda de quem acredita que crianças não gostam de leitura. “A criança que não gostar de livro, é porque não teve a oportunidade de ter o contato.”
Com a revitalização, “são cerca de 3 mil livros e 150 novos títulos. Temos um acervo muito rico”, salienta o vice-diretor, Eufrázio Souza.
“O reflexo é sentido desde que a criança tem acesso à leitura. Ela começa a desenvolver o gosto pela leitura, escrita e o repertório aumenta. Ganha uma gama de fluência literária e os pais também ganham e dão esse feedback.”
Incentivar as famílias a lerem juntas com as crianças é parte dos projetos da escola. Tem um para cada faixa etária.
No tapete da leitura, cada aluno do 1º aº ano leva para casa um tapete e livros. A leitura em família tem que ser registrada em fotos e relatos e devolvida à escola ao final do projeto. No 4º ano, estudantes recebem a maleta de leitura que é um projeto semelhante.
É no 5º ano, que os alunos ganham uma coleção de livros doados pelo Governo de MG e também o diário da familia, para registro dos momentos de leitura. Tem desde a história de Iara, lenda do folclore brasileiro, até Felpo Filva, da autora Eva Furnari, a preferida da aluna Luna.
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