Vice-prefeito é exonerado do cargo de Secretário de Saúde de Itajubá
Prefeito Christian falou das operações do Gaeco e disse que atendeu as solicitações dos investigadores e que seu nome não foi citado
Iago Almeida / 21 fevereiro 2024Prefeito Christian falou das operações do Gaeco e disse que atendeu as solicitações dos investigadores e que seu nome não foi citado
Iago Almeida / 21 fevereiro 2024Alvo de uma operação do Gaeco e da Polícia Civil, o vice-prefeito de Itajubá, Nilo Baracho, foi exonerado do cargo de Secretário de Saúde do município. Segundo a investigação, ele recebia uma ‘mesada de cerca de R$ 22 mil do Hospital de Clínicas de Itajubá.
A investigação do Gaeco (Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de Minas Gerais, apurou que o esquema de corrupção instalado no hospital teria desviado mais de R$ 1,4 milhão.
Durante duas operações simultâneas realizadas nesta terça-feira (20/2), o vice-prefeito foi preso suspeito de ser um dos operadores do esquema. Outras nove pessoas também foram presas. As investigações vão continuar.
A decisão da exoneração de Nilo Baracho da Secretaria de Saúde foi anunciada no fim do dia desta terça-feira, em documento publicado pela Prefeitura e assinado pelo prefeito Christian Gonçalves. Nele, é citada ainda a exoneração da Secretária Adjunta de Saúde, Mariana Cristina de Melo Porto e Sales.
Em outro documento, Mariana Cristina de Melo foi anunciada como nova Secretária de Saúde do município, assumindo assim o cargo que era do vice-prefeito. O Terra do Mandu ainda não conseguiu contato com a defesa de Nilo Baracho.
A operação Transfusão investiga desvios de recursos públicos e privados do Hospital das Clínicas de Itajubá. Já a operação Sepulcro Caiado, presidida pela Polícia Civil, investiga a prática de desvio de recursos públicos por intermédio do superfaturamento de serviços de manutenção da frota veicular das Secretarias de Saúde, Educação e de Obras de Itajubá.
Ambas operações são de combate à corrupção. Foram cumpridos nesta terça-feira, 10 mandados de prisão, sendo quatro preventivas e seis temporárias, e 25 mandados de busca e apreensão.
Além de Itajubá, houve cumprimento de mandados em Campos do Jordão e São José dos Campos, ambas em São Paulo. Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura de Itajubá informou que estava à disposição para colaborar com as investigações.
“A Prefeitura de Itajubá segue à disposição para colaborar com quaisquer investigações que apurem irregularidades. A Prefeitura conta com a imparcialidade dos investigadores para prosseguir com o trabalho sério desenvolvido nos três últimos anos”, disse.
Por meio de um vídeo divulgado em suas redes sociais, o prefeito de Itajubá, Christian Gonçalves, se pronunciou sobre as operações do Gaeco na cidade. Ele disse que atendeu todas as solicitações dos investigadores e que seu nome não foi citado na operação. Veja:
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