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Alunos de graduação do Inatel vencem Olimpíada Brasileira de Satélites

Lançamento ocorreu nesta sexta-feira (08/12), direto do Centro de Lançamento de Foguetes da base da Força Aérea Brasileira Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte.

Terra do Mandu / 08 dezembro 2023

Alunos de graduação do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) desenvolveram um pequeno satélite, com tecnologia nacional, capaz de oferecer conectividade para áreas remotas. A proposta é garantir a oferta da internet das coisas (IoT) em fazendas sem acesso à internet direta ou via wi-fi.

O projeto dos estudantes foi vencedor da Olimpíada Brasileira de Satélites (OBSAT). Nesta sexta-feira (08/12), o nanossatélite foi lançado na orbita da terra em um foguete, direto da Força Aérea Brasileira Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte. VEJA VÍDEO ABAIXO!

A equipe do Inatel é a primeira, ao nível de graduação do Brasil, a lançar um nanossatélite de tecnologia nacional em um foguete. Após quatro etapas e mais de dois anos de projeto, os “cérebros inestimáveis (Priceless Brain)”, realizaram esse feito histórico.

O time é formado por Matheus Reno Torres e Arielli Ajudarte da Conceição, ambos do curso de Engenharia de Telecomunicações, sob orientação do professor Evandro César Villas Boas. A aluna explica que o protótipo passou por mudanças de estrutura e de programação.

“O CubeSats foi produzido em alumínio aeronáutico, com novos encaixes, um novo circuito e transmissor, com placas do módulo sensorial das mais modernas, além da inserção de um GPS e uma antena de material retrátil”, enfatiza Arielli Ajudarte.

O projeto do Inatel propõe conectividade via IoT em áreas remotas. Ou seja, um estudo de dados que busca compreender as conexões baseadas em nanossatélites, voltado a grandes distâncias territoriais. “Com um módulo IOT em uma fazenda, seja ela sem conexão wi-fi ou sinal de celular, é possível captar os dados de umidade e temperatura do solo, por exemplo, ao conectar esses módulos inteligentes a um módulo que possui internet”, esclarece a pesquisadora. A ideia é utilizar o CubeSat para retransmitir os dados de um medidor posicionado em um lugar remoto para um lugar com conexão. A proposta

Sobre a Olimpíada Brasileira de Satélite

Promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a OBSAT propõe a construção de pequenos satélites, nominados CubeSats, que podem ser lançados na órbita da terra. Os avanços da ciência e da tecnologia viabilizam esses projetos de satélites de pequeno porte, uma construção multidisciplinar que visa promover experiências teóricas e práticas aos competidores.

Os CubeSats executam missões reais e, geralmente, são utilizados para pesquisas espaciais e em Telecomunicações. A ação tem uma abrangência nacional e conta ainda com palestras e discussões a respeito do que há de mais atual no mundo, quanto às pesquisas e projetos para o sistema satelital.

Cada projeto inscrito na Olimpíada possui uma missão de monitoramento que, além de propor a solução de problemas reais, ainda precisam atender diversos protocolos, a fim de difundir a cultura aeroespacial. Na primeira etapa da competição, em 2021, os estudantes apresentaram o planejamento da prova de conceito à organização do evento. Em sequência, entre os anos de 2021 e 2023, os protótipos foram construídos e lançados na estratosfera (altitude de até 22 km). Já a atual e última etapa prevê o lançamento do melhor satélite da competição em um foguete.

A história dos satélites

Os satélites surgiram para conectar todo o mundo. Nos anos de 1960 foi realizada, por exemplo, a primeira transmissão de dados enviados da terra por satélite. Essa tecnologia é uma das grandes responsáveis pela comunicação de rádio e TV para todo planeta, bem como pela globalização.

Uma curiosidade é que os satélites não são apenas equipamentos gigantes e pesados, há um tipo de satélite miniatura – o Cubesat. Desde os anos de 1999 que “ficar de olho” no nosso planeta, lá de cima, ficou mais fácil, com os nanossatélite! A intenção desses pequenos prodígios espaciais é ajudar as universidades a exercerem as atividades práticas de exploração científica do espaço. Com esses satélites artificiais, áreas como a da Engenharia Espacial podem exercer a nobre missão de estudar o Universo, entender melhor o sistema solar, nosso planeta e a órbita terrestre, bem como disponibilizar dados de pesquisa à comunidade científica.

Satélites e a comunicação à distância: O Panorama de um futuro próximo

As ondas eletromagnéticas de um satélite possibilitam, por exemplo, a comunicação via sinal de internet, de TV, além de diversas informações e monitoramentos de dados que podem ser distribuídos para todo o mundo.

“As tecnologias óticas e aeroespaciais, combinadas às tecnologias digitais, fazem com que a rede via satélite se torne cada vez mais atraente às verticais de inovação e próximas das demais redes de comunicação no país. Nos próximos anos, possivelmente com a introdução do 6G, presenciaremos uma rede única, que contará com dispositivos terrestres, dispositivos móveis e via satélite, que integrarão a comunicação de todo e qualquer usuário. Neste contexto, a Olimpíada é um projeto muito importante para as Telecomunicações”, comenta Carlos Nazareth Motta Martins, Engenheiro de Telecomunicações e diretor do Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel.


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