Se o tempo ajudar: Eclipse solar terá transmissão ao vivo no Sul de Minas

Especificamente em Pouso Alegre, o eclipse parcial começa às 15h39, atingindo seu máximo às 16h49 e terminando às 17h51; veja detalhes

Iago Almeida / 14 outubro 2023

Moradores de todo o país estavam ansiosos com o Eclipse Anular do Sol que está acontecendo neste sábado (14/10). Em Pouso Alegre, o eclipse, que será parcial na região, começa às 15h39, atingindo seu máximo às 16h49 e terminando às 17h51.

Este fenômeno astronômico ocorre quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, e o seu diâmetro aparente está menor do que o Sol. Assim, a sombra da Lua não cobre totalmente o Sol criando um “anel de fogo” no céu.

O tempo não está ajudando; muitas nuvens no céu desde a manhã, mas ainda há uma esperança do sol encontrar uma brecha e aparecer para os sul mineiros. Mas, quem não conseguir assistir, poderá acompanhar transmissões ao vivo pela internet.

Na página Time and Date é possível consultar o horário na sua cidade.

A frequência com que os eclipses anulares do Sol ocorrem não é constante. O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível do Brasil. O próximo eclipse deste tipo, após o de 14 de outubro, ocorrerá em 02 de outubro de 2024.

Transmissão em Pouso Alegre

O grupo de Astronomia Amadora Tapirapé, de Pouso Alegre, fará a transmissão do fenômeno, em parceria com pesquisadores que integram o grupo e parceiros. A transmissão terá imagens ainda do Piauí e de Congonhal, cidade vizinha de Pouso Alegre.

Confira a transmissão ao vivo em Pouso Alegre:

Transmissão nacional

O Observatório Nacional, em uma ação integrada internacional, em parceria com o Time and Date e NASA, transmite ao vivo para o Brasil e o mundo o fenômeno desde o seu início na costa leste do EUA, às 11h30 da manhã.

A transmissão acontece até o seu final no leste brasileiro às 17h30, transformando um evento de 4 minutos em um evento de 6 horas. Veja a transmissão:

O Observatório Nacional, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (ON/MCTI), que completa 196 anos de história em 2023, coordenou uma ação integrada nacional e internacional para observar e transmitir o Eclipse Anular do Sol.

Nessa ação, os parceiros internacionais cedem as imagens do eclipse quando estiver ocorrendo na parte oeste dos EUA, parte da América Central e Colômbia. Quando a sombra da Lua atingir o Brasil será a vez dos astrônomos brasileiros cederem suas imagens para os parceiros internacionais Time and Date e NASA que tradicionalmente fazem a transmissão para o mundo.

Esta ação é da maior importância para a Astronomia brasileira, que pela primeira vez está participando dessa integração. Para isso, os astrônomos brasileiros estarão distribuídos em diversos locais da faixa de anularidade captando imagens do eclipse quando estiver acontecendo naquele local.

Cuidados ao observar o fenômeno

Ressalta-se que em hipótese alguma se deve olhar diretamente para o sol, nem mesmo com o uso de películas de raio-x, óculos escuros ou outro material caseiro. A exposição, mesmo de poucos segundos, danifica a retina de modo irreversível.

Existem duas formas de se observar o eclipse com segurança: direta ou indiretamente. A observação direta é aquela feita sem o uso de projeções, e pode ser feita com o uso de um instrumento especialmente adaptado para esse fim. Assim, o ideal é que se use filtros para a observação.

Entretanto, também é importante o uso de filtros adequados e, mesmo assim, a observação não deve se estender por mais do que alguns segundos. A melhor opção é o filtro de soldador número 14 ou maior (ISO 12312-2).

É ainda mais importante ressaltar que observar o sol com algum instrumento óptico como binóculo ou telescópio só é permitido sob orientação de astrônomos experientes e que saberão os filtros corretos a serem utilizados Portanto, não utilize nenhum instrumento para a observação que não tenha sido preparado por profissionais.

Já a observação indireta é aquela feita através de uma projeção, sem o auxílio de qualquer instrumento óptico. (Saiba mais, clicando aqui).

Fonte para o texto: Dra. Josina Nascimento – Astrônoma do Observatório Nacional


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