Nesta quinta-feira (12) a Polícia Federal desencadeou no Brasil a operação Encilhamento, que investiga fraude em fundos de investimentos. Agentes da PF estiveram na sede do Instituto de Previdência Municipal, para cumprir um mandado de busca e apreensão de documentos. Em Minas, outros três institutos de previdência municipais também foram alvo da operação de hoje.

Em Pouso Alegre, um delegado da PF, três agentes da PF e um auditor-fiscal da Receita Federal solicitaram documentos das aplicações financeiras realizadas pelo Iprem em fundos de investimentos. Também foram pedidos arquivos de computadores.

Em nota, o Iprem informou que forneceu todas as informações e documentos pedidas pela Polícia Federal. E que as aplicações solicitadas pela PF ao instituto já passaram por auditoria do Ministério da Previdência e nenhuma irregularidade foi encontrada.

Ainda segundo o Iprem, todas as aplicações financeiras feitas em fundos de investimento têm a aprovação do comitê investimento da instituição. “Aguardamos, com tranquilidade, o resultado final dessa operação”, finaliza a nota.

A operação foi nomeada como Encilhamento e é a segunda fase da Operação Papel Fantasma. Policiais Federais e auditores-fiscais da Receita Federal cumpriram 60 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão temporária expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Goiás. Segundo a Polícia Federal, empresas de fachada emitiam títulos de dívidas que geram um direito de crédito ao investidor, os chamados debêntures. As investigações apontam que, em todo o país, a aplicação destes documentos pode ultrapassar R$ 1,3 bilhão.

Em Minas Gerais, além de Pouso Alegre, a polícia cumpre mandados de busca e apreensão em Santa Luzia e Betim. Em Uberlândia, o ex-prefeito Gilmar Machado e mais três pessoas foram presas.

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