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HCSL realiza transplante inédito na região com uso de osso de cadáver

Neste tipo de transplante o cirurgião utiliza o osso que fica armazenado em um banco de ossos no RJ; médico e paciente falaram sobre o caso

Iago Almeida / 28 fevereiro 2023

Paciente que recebeu implante ósseo. Imagem: Divulgação Ascom HCSL

O Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) realizou nesta semana um procedimento inédito na região: o transplante ósseo conhecido como aloenxerto. Nesse tipo de transplante, o cirurgião pega o osso do cadáver, que fica armazenado em um banco de ossos dentro do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) no Rio de Janeiro.

O osso usado na cirurgia foi transportado via aérea para Pouso Alegre, por meio dos serviços da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), como explicou o médico ortopedista oncológico do HCSL, Eugênio César Mendes.

Quanto à origem, os enxertos podem ser classificados como autoenxertos, quando são colhidos do corpo do próprio indivíduo, ou aloenxertos, quando são colhidos de outro indivíduo. O paciente Diego Henrique Braga, que passou pela cirurgia pioneira no Sul de Minas trabalha como operador de extrusora.

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Frozen Bone (osso congelado)

Em 2017, O Hospital das Clínicas Samuel Libânio realizou outra cirurgia inédita na região na mesma área. Chamada de Frozen Bone (osso congelado), o procedimento usa uma técnica de congelamento para tratar câncer nos ossos. A cirurgia foi realizada também pelo médico Eugênio César Mendes, especializado em ortopedia oncológica.

“Primeiro, eu cortei o osso doente, depois descasquei o tumor que estava no osso que ficou totalmente limpo. Depois, mergulhei ele no nitrogênio líquido com menos 174º C. Logo após vinte minutos, o osso foi colocado em temperatura ambiente onde ficou por mais quinze minutos. O osso ainda foi mergulhado em água destilada, também em temperatura ambiente, onde permaneceu por mais dez minutos. Depois de descongelado reimplantei o osso na paciente, com placa e parafuso como no caso de uma fratura normal. O procedimento inovador usou o osso do próprio paciente, com encaixe perfeito”, explicou o médico.



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