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VÍDEO: Vereadores partem para briga durante votação na Câmara de Jacutinga

Sessão discutia criação de cargo de assessor de imprensa, quando um dos vereadores acusou outro de favorecer familiares com empregos na prefeitura

Iago Almeida / 11 fevereiro 2022

Uma votação na Câmara Municipal de Jacutinga, na última segunda-feira (07/02), terminou em briga entre dois vereadores da Casa. A confusão começou após Júlio Dedão (Solidariedade) acusar Guilherme Correa (PRB) de favorecer familiares com empregos na prefeitura. Indignado com a acusação, Ulisses partiu para cima de Júlio e a sessão precisou entrar em recesso por alguns minutos. A confusão foi transmitida, ao vivo, pela internet.

A sessão debatia um projeto de lei que cria o cargo de assessor de imprensa para a Câmara da cidade. Guilherme votou conta o projeto “Tenho certeza que, se batermos de casa em casa aqui em Jacutinga, fizermos uma pesquisa, a pesquisa vai dar não, não cria esse cargo. Eu sou totalmente contrário”, disse ele. Confira o comentário do vereador:

Em seguida, Júlio, que votou a favor, acusou o colega de pedir emprego ao prefeito para parentes, foi onde a confusão começou. “Aqui nós estamos criando um cargo, não estamos criando emprego por enquanto. Agora, você ir lá pedir para o prefeito para colocar um irmão e uma cunhada lá na prefeitura ganhando, pode, né”, disse Júlio.

Neste momento, Guilherme pediu respeito e levantou de sua cadeira, partindo para cima do colega. Nas imagens é possível ver uma confusão intensa, com troca de xingamentos e palavrões. Entretanto, a imagem não deixa claro se houve agressão, uma vez que os outros vereadores seguraram os colegas. Veja nas imagens o momento da confusão:

https://twitter.com/terradomandu/status/1492236105860759557

O presidente da Câmara de Jacutinga, Ricardo Panizolo (PTB), disse encaminharia o caso para a procuradoria e o Conselho de Ética, com as imagens da briga, para apurar se houve quebra de decoro entre os vereadores.

Após o ocorrido, Júlio Dedão afirmou ter registado um boletim de ocorrência na polícia. Ele ainda confirma que está formalizando uma denúncia escrita, que será encaminhada ao presidente da Câmara para futuras providências.

Já o vereador Guilherme Ulysses afirmou que não houve agressão física entre ele e o colega e que o posicionamento contrário sobre a votação fez com que os ânimos se exaltassem.

“Os ânimos se exaltaram devido ao meu posicionamento de ser contra a criação do cargo de assessoria de imprensa da Câmara Municipal. O vereador disse injúrias sobre a minha família. Meu irmão trabalha na prefeitura, mas ele fez processo seletivo. Foi tudo de acordo com o edital, legalizado. Vou pedir o gabarito judicialmente. Jamais na minha vida eu pedi um cargo sequer para qualquer prefeito”, afirma o vereador.

Após o recesso, a votação seguiu normalmente e a criação do cargo foi aprovada pelos vereadores.

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