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Acusado de golpes milionários, morador de Pouso Alegre é preso em resort de luxo

Segundo investigação da Polícia do RJ, Max faz parte de quadrilha que desviou milhões de reais de contas clonadas com ajuda de gerentes de agências bancárias

Magson Gomes / 08 novembro 2021
Homem preso em resort de luxo em Pernambuco.

Homem tem tatuagens de símbolos de bancos nos braços. Imagem: reprodução Polícia Civil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Max William Gonçalves Campos, de Pouso Alegre, Sul de Minas, em um luxuoso resort de Pernambuco. O pouso-alegrense foi preso na praia de Muro Alto, região de Porto de Galinhas, em um bangalô onde a diária custa nada menos que R$ 5 mil.

A prisão ocorreu às 06h de quinta-feira passada, dia 04. Max não reagiu. Apenas avisou aos policiais que a mulher estava grávida. Ela não foi detida. O caso ganhou repercussão nacional ao ser mostrado no Fantástico da rede Globo, neste domingo (07).

Segundo a reportagem, a investigação da Polícia do Rio de Janeiro o pouso-alegrense faz parte de uma quadrilha acusada de desviar milhões de reais de contas clonadas. Os estelionatários contavam com a ajuda de gerentes de agências bancárias. Ele tem símbolos dos bancos tatuados nos braços, além de uma máscara com os dizeres: vigarista.

Max William Gonçalves Campos, conhecido como Mineiro, é acusado de fraudes financeiras, estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Oficialmente, ele não tem emprego, mas na conta bancária guardava quase um milhão de reais.

Segundo a reportagem do Fantástico, a investigação da Polícia Civil durou mais de um ano. Só nos últimos meses, o esquema da quadrilha movimentou mais de 13 milhões de reais. Os criminosos desenvolveram uma estrutura sofisticada que envolvia a participação de gerentes de bancos, dois policiais militares, um policial civil e muita tecnologia.

Quem comandava o esquema

De acordo com as investigações, tudo era comandado por Eduardo da Costa Pereira, conhecido como Frango ou Edu Miami. Nas redes sociais, ele se apresentava como empresário e investidor. Mas essa não era a origem de tanto dinheiro. De uma sala comercial em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, ele comandava uma verdadeira central de golpes.

Os investigadores ficaram surpresos com o uso de informações extraídas de bancos de dados da própria polícia.

Como funcionava o esquema

O esquema funcionava assim: um sargento e um capitão da Polícia Militar acessavam o sistema e identificavam possíveis vítimas para os golpes. E um Policial Civil, também do Rio, buscava dados de pessoas mortas. Os três repassavam as informações para Eduardo. Depois, a quadrilha acionava seus integrantes dentro dos bancos: gerentes que participavam do esquema. Os criminosos usavam cartões de crédito clonados e cheques com assinaturas idênticas às originais.

Os presos vão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato, entre outros crimes.

Em nota enviada ao Fantástico, a Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, disse que as instituições estão comprometidas com o aprimoramento constante dos sistemas de segurança das instituições, para garantir a eficiência das operações financeiras cotidianas de milhões de brasileiros. E que os bancos atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos.

As defesas dos dois citados na reportagem não se pronunciaram sobre o caso.

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