Notícia

Confusão em Bom Repouso termina com prisões e feridos com balas de borracha e bombas de efeito

Luíza Carvalho / 09 novembro 2020

A noite deste domingo (08) foi marcada por uma grande confusão no meio da rua, em Bom Repouso, no Sul de Minas, protagonizada por populares e policiais militares. Houve muita gritaria e os policiais arrastaram, pelo menos, dois moradores para a viatura. Os PMs dispararam tiros com balas de borracha e bombas de efeito moral para conter o tumulto.

De acordo com moradores que entraram em contato com a redação do Terra do Mandu, um grupo de pessoas que apoiam o candidato a prefeito da oposição estava numa rua da cidade com o som de carro ligado e tomando cerveja. Conforme esses moradores, não se tratava de comício ou ato de campanha.

Na narrativa dos moradores, os policiais chegaram pedindo para que o som de um carro fosse abaixado e em seguida, já teriam iniciados as agressões a integrantes do grupo. Uma das mulheres que estava no local e fez imagens da ação policial, afirma que um dos detidos foi retirado a força de sua residência.

O que diz a PM

Em nota a Polícia Militar informou que foi acionada para intervir na confraternização que estava sendo utilizada como comício político, descumprindo o Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o Poder Judiciário, Ministério Público e Coligações Partidárias.

A PM alega que os militares foram hostilizados ao chegarem ao local e que a confusão teria sido iniciada após um policial levar um tapa nas costas durante a aglomeração.

 

Foto: enviada por moradores

Durante o tumulto, dois envolvidos foram detidos. De acordo com a PM, eles foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro para atendimento e emissão do Auto de Corpo de Delito. Em seguida, foram levados ao quartel para registro da ocorrência e liberados.

Veja a nota da Polícia Militar na íntegra:

NOTA A IMPRENSA

Ontem, dia 7 de novembro, na cidade de Bom Repouso, a Polícia Militar foi acionada para intervir em uma confraternização que ocorria no bairro Nossa Senhora do Rosário, a qual estava sendo utilizada como comício político, descumprindo assim o Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o Poder Judiciário, Ministério Público e Coligações partidárias.

Assim que a equipe Policial Militar aproximou-se do local, as pessoas que ali estavam aglomeradas hostilizaram os policiais militares. Quando a equipe aproximou-se ainda mais, e solicitou ao proprietário do veículo que abaixasse o som em razão da via pública, um dos apoiadores desferiu um tapa nas costas do policial, inflamando ainda mais os ânimos. Assim, a equipe recuou e acionou reforços das cidades vizinhas vindo mais quatro viaturas de outras cidades, momento em que conseguiram prender um dos agressores.

Durante a prisão um segundo infrator estava a todo momento incitando os apoiadores políticos visivelmente embriagados contra os policiais, sendo necessário o emprego de Instrumento de Menor Potencial Ofensivo para conter os manifestantes.

Os cidadãos presos foram prontamente socorridos ao HPS local onde se lavrou o Auto de Corpo de Delito. Depois do atendimento médico, os autores foram levados ao quartel PM, acompanhados a todo tempo pelos seus advogados, onde foi confeccionada a ocorrência e liberados logo em seguida. Durante a lavratura da ocorrência, os apoiadores políticos foram para frente do quartel onde a todo momento, inflamado, gritavam que iriam invadir o quartel e arrebatar os presos.

A Polícia Militar de Minas Gerais reafirma seu compromisso com a transparência, imparcialidade e compromisso com o sufrágio universal.

Polícia Militar de Minas Gerais, uma Polícia Solidária


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