A Polícia Civil concluiu as investigações, após 14 anos, sobre um roubo ocorrido em uma casa lotérica de Poço Fundo, no Sul de Minas. O crime foi registrado em 2011 e só foi solucionado graças a um exame de DNA, que segundo a PCMG, permitiu identificar o suspeito como o autor da ação criminosa.
As investigações apontaram que o investigado, atualmente com 36 anos, tinha 22 anos quando invadiu o estabelecimento armado. A polícia disse que ele ameaçou as vítimas e utilizou uma marreta para quebrar a vidraça que protegia a área restrita, de onde levou dinheiro em espécie.
Mas, o homem se feriu ao acessar o local e deixou vestígios de sangue, que foram recolhidos e armazenados pela perícia. O avanço nas investigações ocorreu após a constatação de que o perfil genético do suspeito já constava no Banco de Dados Genéticos.
Com isso, foi solicitado um exame de confrontação, que confirmou a compatibilidade entre o material biológico coletado na cena do crime e o DNA do investigado.
“Esse inquérito demonstra como o correto isolamento e a coleta de vestígios biológicos, aliados ao avanço tecnológico, são fundamentais para o êxito das investigações criminais”, disse o delegado Éder Neves.
Agora, o indiciado deve responder pelo crime de roubo agravado, cometido mediante ameaça com arma de fogo e rompimento de obstáculo. Segundo o delegado, a pena é de reclusão de quatro a dez anos e multa, com causa de aumento de pena de um terço ou metade.
Além de Neves, as investigações contaram com a participação dos investigadores Nagib Abdelmur e Rafael Werneck, do perito André Novaes (do Posto de Perícia Integrada em Alfenas) e de especialistas da Seção Técnica de Biologia e Bacteriologia Legal em Belo Horizonte.

Foto: PCMG