Casal é suspeito de desviar cerca de R$ 600 mil de empresas e gastar em viagens internacionais
Homem foi preso em Pouso Alegre e mulher em Itajubá. Ela já tinha passagem policial por crime semelhante em empresa de helicópteros. Penas podem passar de 8 anos de prisão.
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu um casal suspeito de desviar R$ 595 mil de três empresas do ramo alimentício em Pouso Alegre, no Sul de Minas. As investigações apontaram que os dois usaram parte do dinheiro para bancar viagens internacionais.
O objetivo dos dois, segundo a polícia, era deixar o Brasil para escapar da prisão. Wellita Maria Rodrigues Fortes Carvalho, de 37 anos, foi presa em Itajubá/MG e o marido dela, Tulio Ness dos Santos Carvalho, de 36 anos, foi preso em Pouso Alegre/MG.
De acordo com a Polícia Civil, as apurações apontaram que o esquema teria ocorrido entre fevereiro e dezembro de 2024, período em que foram identificadas 695 movimentações bancárias suspeitas. Quem articulou o plano, conhecida a rotina financeira da empresa, por isso, segundo a PC, a suspeita é de que tenha sido Wellita, que trabalhou no grupo empresarial por mais de cinco anos.
O Terra do Mandu conversou com a Delegada responsável pelo caso, Dra. Laís Veiga Caetano Pires. Ela revelou que a mulher usava dados das empresas para gerar boletos bancários falsos, que acabavam sendo pagos com recursos das próprias empresas e tinham como destinatários o marido dela e até de possíveis outros familiares.
A vítima desconfiou após ver o padrão de vida do casal, que era compartilhado nas redes sociais. Os dois faziam viagens frequentes ao exterior. A vítima então analisou a conta, junto do jurídico, e encontrou irregularidades.
“No início do ano, a advogada das vítima nos procurou, passando informações que eles descobriram no fim do ano de 2024, esse desfalque na empresa. Eles nos apresentaram algumas provas e nós iniciamos as investigações. Ficou comprovado que em 11 meses, o desfalque teria sido de aproximadamente de R$ 600 mil. Mas, nós estamos aguardando ainda os relatórios do banco, dos anos anteriores, tendo em vista que ela estava na empresa desde 2019, para que a gente possa apurar corretamente qual foi o valor total subtraído”, citou a delegada.
O marido teria entrado na investigação como coautor do crime de furto qualificado, ao qual a mulher responderá, pelos valores dos boletos com nome dele. Já sobre os outros familiares citados, a Polícia Civil disse que ainda não tem indícios de que elas tinham conhecimento dos boletos em seus nomes.
Foto: Reprodução Instagram
A PCMG revelou ainda que pediu o bloqueio dos bens do casal, que foi acatado pela Justiça. A delegada também revelou que Wellita já tem passagem pela polícia por suspeita de desviar dinheiro de uma empresa fabricante de helicópteros em Itajubá, onde trabalhou anteriormente.
“Eles estão respondendo pelo crime de furto qualificado, cuja pena é de 8 anos. Tendo em vista a continuidade das investigações, que foram muitos anos, pode haver um aumento da pena. Nós estamos nas diligências finais desse inquérito e logo ele será relatado e encaminhado à Justiça”, explicou a delegada.
Durante o cumprimento dos mandados de busca, a polícia apreendeu os celulares do casal e uma quantia em dinheiro. A PC também solicitou os passaportes dos dois, mas eles informaram que os documentos estavam no consulado português, pois estavam solicitando visto de residência no país.
O Terra do Mandu procurou a advogada de Defesa do caso, que ficou de enviar uma nota, mas ainda não tinha retornado até a publicação desta reportagem.
Defesa diz que casal é inocente
O Terra do Mandu procurou o advogado de defesa do casal, que emitiu uma nota dizendo que tem ciência do teor da investigação e trabalha para que os investigados respondam o inquérito e eventual ação penal em liberdade, ocasião em que irão colaborar com as autoridades competentes para que os fatos que lhe foram imputados sejam esclarecidos. Ele destaca ainda que os investigados defendem veementemente sua inocência.
“Ademais, refuta qualquer informação equivocada sobre a participação de quaisquer familiares dos investigados nos fatos apurados. No mesmo sentido, destaca que os investigados defendem veementemente sua inocência. Por fim, esclarece que o caso encontra-se em fase inicial de investigação, sendo qualquer julgamento social a respeito da suposta conduta ilícita praticada pelos investigados, precipitada, tendo em vista que vigora no ordenamento jurídico patrio o princípio constitucional da presunção de inocência, estampado no art. 5, incisoLVII da CF/88”, cita a nota.
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu um casal suspeito de desviar R$ 595 mil de três empresas do ramo alimentício em Pouso Alegre, no Sul de Minas. As investigações apontaram que os dois usaram parte do dinheiro para bancar viagens internacionais.
O objetivo dos dois, segundo a polícia, era deixar o Brasil para escapar da prisão. Wellita Maria Rodrigues Fortes Carvalho, de 37 anos, foi presa em Itajubá/MG e o marido dela, Tulio Ness dos Santos Carvalho, de 36 anos, foi preso em Pouso Alegre/MG.
De acordo com a Polícia Civil, as apurações apontaram que o esquema teria ocorrido entre fevereiro e dezembro de 2024, período em que foram identificadas 695 movimentações bancárias suspeitas. Quem articulou o plano, conhecida a rotina financeira da empresa, por isso, segundo a PC, a suspeita é de que tenha sido Wellita, que trabalhou no grupo empresarial por mais de cinco anos.
O Terra do Mandu conversou com a Delegada responsável pelo caso, Dra. Laís Veiga Caetano Pires. Ela revelou que a mulher usava dados das empresas para gerar boletos bancários falsos, que acabavam sendo pagos com recursos das próprias empresas e tinham como destinatários o marido dela e até de possíveis outros familiares.
A vítima desconfiou após ver o padrão de vida do casal, que era compartilhado nas redes sociais. Os dois faziam viagens frequentes ao exterior. A vítima então analisou a conta, junto do jurídico, e encontrou irregularidades.
“No início do ano, a advogada das vítima nos procurou, passando informações que eles descobriram no fim do ano de 2024, esse desfalque na empresa. Eles nos apresentaram algumas provas e nós iniciamos as investigações. Ficou comprovado que em 11 meses, o desfalque teria sido de aproximadamente de R$ 600 mil. Mas, nós estamos aguardando ainda os relatórios do banco, dos anos anteriores, tendo em vista que ela estava na empresa desde 2019, para que a gente possa apurar corretamente qual foi o valor total subtraído”, citou a delegada.
O marido teria entrado na investigação como coautor do crime de furto qualificado, ao qual a mulher responderá, pelos valores dos boletos com nome dele. Já sobre os outros familiares citados, a Polícia Civil disse que ainda não tem indícios de que elas tinham conhecimento dos boletos em seus nomes.
Foto: Reprodução Instagram
A PCMG revelou ainda que pediu o bloqueio dos bens do casal, que foi acatado pela Justiça. A delegada também revelou que Wellita já tem passagem pela polícia por suspeita de desviar dinheiro de uma empresa fabricante de helicópteros em Itajubá, onde trabalhou anteriormente.
“Eles estão respondendo pelo crime de furto qualificado, cuja pena é de 8 anos. Tendo em vista a continuidade das investigações, que foram muitos anos, pode haver um aumento da pena. Nós estamos nas diligências finais desse inquérito e logo ele será relatado e encaminhado à Justiça”, explicou a delegada.
Durante o cumprimento dos mandados de busca, a polícia apreendeu os celulares do casal e uma quantia em dinheiro. A PC também solicitou os passaportes dos dois, mas eles informaram que os documentos estavam no consulado português, pois estavam solicitando visto de residência no país.
O Terra do Mandu procurou a advogada de Defesa do caso, que ficou de enviar uma nota, mas ainda não tinha retornado até a publicação desta reportagem.
Defesa diz que casal é inocente
O Terra do Mandu procurou o advogado de defesa do casal, que emitiu uma nota dizendo que tem ciência do teor da investigação e trabalha para que os investigados respondam o inquérito e eventual ação penal em liberdade, ocasião em que irão colaborar com as autoridades competentes para que os fatos que lhe foram imputados sejam esclarecidos. Ele destaca ainda que os investigados defendem veementemente sua inocência.
“Ademais, refuta qualquer informação equivocada sobre a participação de quaisquer familiares dos investigados nos fatos apurados. No mesmo sentido, destaca que os investigados defendem veementemente sua inocência. Por fim, esclarece que o caso encontra-se em fase inicial de investigação, sendo qualquer julgamento social a respeito da suposta conduta ilícita praticada pelos investigados, precipitada, tendo em vista que vigora no ordenamento jurídico patrio o princípio constitucional da presunção de inocência, estampado no art. 5, incisoLVII da CF/88”, cita a nota.
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