Pouso Alegre

Homem mata advogada, arranca dedo para tentar saques bancários e esconde corpo dentro de mala

Magson Gomes / 27 fevereiro 2018

Uma idosa de 67 anos que estava desaparecida há um mês foi vítima de um crime macabro em Pouso Alegre, Sul de Minas. A advogada e professora aposentada Luzia dos Santos foi morta dentro de casa, no Centro da cidade. O suspeito do crime é um usuário de crack que tinha trabalhado para a idosa como pedreiro no ano passado. O homem de 38 anos foi ouvido nesta terça-feira (27) e apontou onde havia escondido o corpo de dona Luzia, uma vala de esgoto no bairro São Geraldo.

O delegado de homicídios, Rodrigo Bartoli, conta que a polícia chegou ao suspeito ao descobrir que todos os eletrodomésticos da casa da mulher tinham sido retirados do imóvel e trocados por pedras de crack. Os receptadores apontaram para Edvaldo Ferreira, que confessou o crime e levou a polícia onde o corpo estava escondido.

Criminoso decepou dedo da vítima na tentativa de conseguir fazer saques bancários

Ainda de acordo com o delegado, o homem teria matado a mulher após tentar conseguir dinheiro com ela. O crime teria ocorrido no fim de janeiro. Após matar a idosa por estrangulamento com um pedaço de fio, o criminoso pegou os cartões de crédito da vítima e saiu para tentar fazer saques no banco. Ele não conseguiu e voltou à residência da advogada. Dessa vez para esconder o corpo. O homem colocou a vítima dentro de uma mala e levou de bicicleta até um ponto de matagal no bairro São Geraldo, próximo ao rio Mandu. No outro dia, o criminoso foi ao local onde o corpo estava e, com um alicate, arrancou o dedo da aposentada no intuito de fazer saques na conta dela. Ele não conseguiu sacar dinheiro em nenhum momento. Segundo Rodrigo Bartoli, o suspeito agiu sozinho.

Homem é usuário de crack e levou a polícia no local onde escondeu o corpo da vítima

A advogada morava sozinha numa casa que fica numa travessa no centro de Pouso Alegre. Ela não tinha filhos. Os parentes só registraram seu desaparecimento cerca de 10 dias depois do crime. Nesse período, o suspeito falava para a vizinhança que era sobrinho da vítima e que ela tinha ido morar em um asilo e pediu para vender os pertences.

Após investigações, a Polícia Civil pediu a prisão temporária do suspeito na última sexta-feira (23). Quando o mandado saiu no fim da tarde, o homem tinha sido preso horas antes por tentativa de furto numa instituição no bairro Cidade Jardim, também em Pouso Alegre. O delegado conta que deixou para ouvir o suspeito nesta semana, quando Edvaldo confessou o homicídio.

Na entrevista o delegado Rodrigo Bartoli conta os detalhes do crime:


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