Região

Vídeo mostra operação da PF em Pouso Alegre que interditou pontos comerciais e prendeu pessoas ligadas a seita religiosa

Magson Gomes / 06 fevereiro 2018

A reportagem do Terra do Mandu acompanhou a operação da Polícia Federal desencadeada nesta terça-feira (06) e que teve mandados cumpridos em Pouso Alegre, Sul de Minas. A operação foi batizada de “Canaã – A colheita Final” e é a terceira fase de uma investigação contra uma seita religiosa que age em Minas, São Paulo e Bahia.

Polícia Federal cumpre mandados contra seita religiosa e interdita estabelecimentos comerciais em Pouso Alegre

Veja na reportagem:

Seita alicia pessoas que são convencidas a doar todos seus bens

Desenvolvida com a participação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do M.T.E, a investigação aponta que dirigentes da seita religiosa teriam aliciado pessoas em sua igreja em São Paulo/Capital, convencendo-as a doarem todos os seus bens para as associações controladas pela organização criminosa.

Segundo a PF, para conseguir convencer as pessoas, a seita utilizava de armadilhas e doutrina psicológica, sob o argumento de convivência em comunidades, onde todos os bens móveis e imóveis seriam compartilhados.

Depois de devidamente doutrinados, os fiéis teriam sido levados para zonas rurais e urbanas em Minas Gerais (Contagem, Betim, Andrelândia, Minduri, Madre de Deus, São Vicente de Minas, Pouso Alegre e Poços de Caldas), na Bahia (Ibotirama, Luiz Eduardo Magalhães, Wanderley e Barra) e em São Paulo (Capital); onde teriam sido submetidos a extensas jornadas de trabalho – sem nenhuma remuneração–, trabalhando em lavouras e em estabelecimentos comerciais dos mais variados tipos, como oficinas mecânicas, postos de gasolina, pastelarias, confecções etc.

Ainda segundo a investigação, por meio da apropriação do patrimônio dos fiéis e do desempenho de atividades comerciais sem o pagamento da mão-de-obra, a seita teria acumulado vultoso patrimônio, contando com casas, fazendas e veículos de luxo.

Atualmente, estaria expandindo seus empreendimentos para o estado do Tocantins, baseados na exploração ilegal.

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