Região

Homem de 56 anos morre após ser ferido por boi que seria abatido

Magson Gomes / 24 julho 2017

Motorista tentava amarrar boi para o abate e levou uma chifrada no braço. O homem chegou a ser socorrido, mas teve forte hemorragia e não resistiu. Fatalidade foi na zona rural de Cachoeira de Minas.

Uma tragédia para uma família do bairro dos Tomés, que fica próximo ao distrito do Itaim, em Cachoeira de Minas. O motorista João Batista de Faria, de 57 anos, morreu depois de ser atacado por um boi. João Tomé, como era conhecido, tentava amarrar o boi que seria sacrificado mais tarde. Mas o animal virou a cabeça e o chifre acertou no braço do motorista. O boi era dele mesmo e seria abatido para o consumo próprio.

João Tomé trabalhava como motorista carregando alunos na zona rural de Cachoeira de Minas. Ele conciliava essa atividade com outros prazeres da vida no campo, como criar animais, cultivar frutas e hortaliças.

O motorista tinha algumas cabeças de gado em sua propriedade. E uma dessas vacas ele deu para a netinha. A vaca deu cria e ele comprou aquele bezerro da neta.

O bezerro cresceu e João Batista resolver matar o animal para reabastecer o freezer, sempre cheio de carne para o sustento da família e amigos. Já que a casa vivia cheia de amigos.

O motorista já havia abatido outros animais

Pela primeira vez, João Batista iria matar uma criação dele próprio. Ele abateu outros animais, criados por outras pessoas.

Na sexta-feira (21), por exemplo, havia abatido uma vaca para o vizinho.

Imagem ilustrativa onde João Batista foi ferido.

Com a ajuda de dois vizinhos, o motorista seguiu para o curral próximo de sua casa. Quando João Tomé passava o laço sobre o pescoço do boi para amarra-lo ao tronco, o animal virou a cabeça e o chifre acertou o braço, na altura do cotovelo, na parte de frente, acertando uma artéria.

A tentativa de socorro

A filha mais nova de João Batista, Monielly estava dentro de casa quando saiu correndo para ajudar a socorrer o pai. O marido dela, Tiago, foi quem colocou o sogro no carro para levá-lo ao Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre.

A vítima sangrava muito. O genro até tentou fazer um torniquete no braço ferido, amarrando um pedaço de pano para estancar o sangramento. Mas João Batista pediu para seguir logo para o hospital.

Antes de chegar ao asfalto, o João Tomé desmaiou. Ele deu entrada no hospital ainda com vida. Mas já tinha perdido muito sangue e não foi possível ressuscitá-lo.

No mês passado, João comemorou o aniversário na casa da filha Letícia.

O sepultamento do motorista foi no último domingo no cemitério do distrito do Itaim. Letícia conta que milhares de pessoas estiveram presentes no velório. “Havia mais pessoas do que em festas da comunidade. Era como meu pai queria, que todos os amigos estivessem presentes em seu sepultamento. Ele era muito querido por todos”.

João Tomé deixa esposa Mônica, três filhas e três netas.

Boi será doado

O boi que seria abatido será doado para caridade após sete dias do sepultamento do motorista João Batista de Faria.

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